Homem, originalmente isento de pecado!
O esclarecimento e a conscientização da essência do homem são fundamentais para se ter uma vida eticamente correta. Se o homem fosse um “mero ser carnal dotado de instintos sexual e alimentar”, deveríamos afirmar que a insaciável busca de prazeres carnais constitui uma vida eticamente correta. Lamentavelmente, devido a esse tipo de visão de vida que predomina no mundo atual o respeito pela vida humana está sendo relegado a segundo plano, e aumentando cada vez mais o número de elementos que praticam homicídio sem o menor constrangimento, a fim de obter recursos necessários para satisfazer os prazeres do instinto. Para tais indivíduos, a felicidade e o valor da vida são medidos pela quantidade de prazer dos sentidos. No mundo deles, o sentimento ético que transcende o corpo carnal e o sentimento de pureza são desprezados como sendo valores ultrapassados. Se, porém, eles compreenderem e se conscientizarem de que o homem não é um ser meramente carnal e que a essência humana é algo sagrado, obviamente mudarão o critério de julgamento do valor da vida humana. E extrair essa essência divina do ser humano é a finalidade precípua da educação. Aperfeiçoar-se tecnicamente, aprender idiomas ou exercitar a capacidade de raciocínio são coisas secundárias. O fundamental é conscientizar a essência sagrada e magnífica do homem. Somente então será eliminado o complexo de inferioridade, e a pessoa começará a palmilhar dignamente o caminho da vida. Se alguém pensa que o homem é corpo carnal e se deixa levar pelos instintos, esse pensamento é um complexo de inferioridade, pois, a pessoa se identifica com o animal. Esse complexo de inferioridade precisa ser superado. E essa superação requer a conscientização de que a natureza verdadeira do homem é divina.
Tamanha é a importância da conscientização da dignidade humana, mas existem muitos religiosos que destroem a consciência de dignidade do homem, tratando o ser humano como “pescador” e incutindo-lhe a consciência de pecado (consciência de culpa), que também é uma espécie de complexo de inferioridade. Para que a humanidade possa ter uma vida correta e feliz, é necessário que tal consciência de culpa seja varrida por completo. A maior parte das infelicidades e desgraças, inclusive guerras, é originada da consciência de culpa. A psicologia moderna mostra que desgraças e guerras são formas de autopunição. Se a humanidade deseja realmente a paz, precisa deixar de se autopunir e, para isso, deve banir da sua mente a consciência de culpa, a consciência de pecado. Carl A. Menninger também afirma o mesmo em seu livro “O homem contra si mesmo”.
O homem é “auto-realização de Deus” e, por isso, é originariamente isento de pecado. Em outras palavras, o pecado não existe. Esta questão requer muitos esclarecimentos. Esta filosofia de “homem originariamente isento de pecado” está produzindo resultados notáveis, regenerando jovens delinquentes e transformando ex-detentos em cidadãos exemplares.
Extraído do Livro “A verdade da Vida”. De Massaharu Taniguchi