N/A

Mensagens da Seicho No Ie

Repreensões e castigos

É certo ou errado tentarmos melhorar uma criança repreendendo-a durante ou aplicando-lhe castigos de modo a suscitar-lhe medo e assim reprimir a sua má conduta? Todo ato é manifestação concreta do pensamento concebido na mente. Portanto, seria uma incoerência tentar, de um lado, impedir que a criança tenha má conduta e, de outro, imprimir em sua mente por meio de repreensões ásperas, a idéia do “mal”. É verdade que, até certo ponto, as repreensões e os castigos impedem que a criança torne a praticar maus atos, contudo, isso não significa uma melhora real. Em tais casos a criança simplesmente reprime a vontade de praticar maus atos pelo medo de ser castigada. Aparentemente, ela torna-se comportada, mas, por dentro, ocorre o seguinte: de um lado, continua a existir a vontade de praticar maldades – que constitui um fator negativo – e, do outro lado, há o temor de ser castigado – que também é um fator negativo. Como resultado do confronto desses dois fatores negativos, verifica-se um “equilíbrio”, impedindo que o desejo de praticar maldade resulte em ação concreta.

Como podemos perceber, quando se reprime a má conduta da criança por meio de repreensões e castigos, ela se torna aparentemente mais comportada, mas em seu interior ocorre o confronto de dois males. Logo, não se pode dizer que a criança melhorou. Pelo contrário, ela piora, pois há o acréscimo de mais um defeito – a covardia.

Para operar uma verdadeira melhora na criança, é preciso antes de mais nada, respeitar seu livre arbítrio. A verdadeira integridade moral só é possível quando o livre arbítrio é respeitado e ele pode escolher seu próprio procedimento. Se nós, seres humanos, fôssemos obrigados a proceder sempre corretamente, seríamos como uma locomotiva correndo sobre os trilhos. Deus como maquinista, nos conduziria sobre os trilhos e nos forçaria a seguir na direção certa. Portanto, nunca nos desviaríamos do rumo, não pela nossa vontade, mas pelo fato de não haver outra alternativa.

Se assim fosse, não teríamos o livre arbítrio, e mesmo que a nossa conduta fosse correta, isso não seria a manifestação da verdadeira integridade moral, pois não passaria de uma “ação mecânica”.

Compreendendo isso, compreenderemos também que não se pode melhorar realmente uma criança coagindo-a a proceder corretamente sob a ameaça de repreensões e castigos. Mesmo que ela se torne aparentemente bem-comportada, isso não significa que tenha ocorrido a verdadeira melhora interior.

Dr. Massaharu Taniguchi – Fundador da Seicho-No-Ie.

Compartilhe :

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Novas gerações de medicamentos contra obesidade movimentam pesquisas na indústria farmacêutica

Furto durante o beijo? Entenda ação de criminosos durante o Carnaval e veja dicas para se proteger

12 serviços públicos essenciais para ajudar as mulheres no Estado de São Paulo

Crianças: alimentação bloquinhos e manter os pequenos hidratados

Irmãos da Santa Casa participam de assembleia geral extraordinária

CATEGORIAS