O número de mortes por atropelamentos no trânsito em Araraquara caiu 58,4% entre os anos de 1996 e 2005, segundo dados do Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados). A variação corresponde a taxa de mortes por 100 mil habitantes. Em números absolutos, foram 15 mortes em 1996, contra apenas sete no ano passado, o que representa queda de 53,3%.
Nas 19 cidades da região de Araraquara, houve uma redução de 31,4% nos óbitos por atropelamento no mesmo período e a taxa caiu de 7,25 para 4,37.
No Estado de São Paulo, foram registrados 3.494 óbitos em 1996 e 2.191 no ano passado, uma queda de 37,29%. Já a taxa de mortalidade teve uma redução de 45,9%, passando de 10,14 para 5,48.
Segundo o coordenador de Transportes, Nilson Carneiro, várias medidas vêm sendo tomadas desde 2001 para reduzir os óbitos no trânsito em Araraquara, como a intensificação da fiscalização, os investimentos em sinalização e o fortalecimento de práticas educativas.
Em 2001, houve a municipalização do trânsito e a arrecadação passou para o controle da prefeitura. Também foram criados o Fumtram (Fundo Municipal de Trânsito) e o Consetrans (Conselho Municipal de Trânsito).
Com relação à fiscalização, a cidade conta com um radar estático, cinco fixos e 60 agentes de trânsito. Os investimentos em sinalização somam cerca de R$ 4 milhões desde 2001, incluindo a implantação de cerca de 10 novos semáforos.
A educação no trânsito vem crescendo ano a ano. O Consetrans (Concurso sobre Segurança e Educação no Trânsito de Araraquara) está na quarta edição e envolve cerca de 70 escolas.
Somente neste ano, a CTT, a Guarda Municipal e a Polícia Militar realizaram 150 palestras e outras atividades nas escolas. A CTT também está ministrando o curso de formação de educadores para o trânsito para 48 professores.
Neste ano 90 taxistas e 40 transportadores escolares também receberam curso de direção defensiva e, desde 2001, foi implantada a fiscalização de taxistas, moto-taxistas e transportadores escolares. “Além disso, estamos fazendo campanhas de mídia para a conscientização no trânsito”, afirma Carneiro.