Com o avanço da tecnologia e pesquisas em Medicina, a expectativa de vida da população brasileira aumentou, atualmente na faixa dos 73 anos. Para viver mais, porém, sem perder a qualidade de vida, a professora Alessandra Rossi Paolillo, do curso de Terapia Ocupacional da Uniara orienta que é preciso tomar alguns cuidados. Ela explica que, nesta fase da vida, nosso organismo sofre uma série de debilitações. "A visão e a audição ficam comprometidas, há enfraquecimento dos ossos e dos músculos, surgem problemas como osteoporose e incontinência urinária. Fatores que podem contribuir para acidentes domésticos envolvendo as quedas", esclarece.
Assim, é preciso cuidar para que nenhum objeto que possa causar tropeços permaneça no chão. "Tapetes são lindos, mas não funcionam em casa com idosos. Se forem utilizados em cozinhas e banheiros é preciso que sejam antiderrapantes". Outra fonte de risco são os brinquedos e mesas baixas, que podem dificultar a circulação. "Pedimos para que os ambientes fiquem livres e muito bem iluminados. Na hora de sentar, o ideal é a utilização de poltronas que possuem apoio para braços e costas, dão suporte ao movimento. A altura ideal é quando os pés ficam posicionados em um ângulo de 90° do chão".
Outro local de quedas frequentes é o banheiro. "Muitos acidentes ocorrem no caminho para o banheiro, pois, com a diminuição da eficiência visual e a incontinência urinária, as pessoas tendem a ir correndo para o cômodo. Outros fatores importantes são a utilização de calçados antiderrapantes e o acréscimo de uma luz no caminho como referencial. Já dentro do banheiro, são necessárias adaptações, como a colocação de barras de apoio no box e próximas ao vaso sanitário. Essas barras são facilmente encontradas em casas de acabamentos. A utilização de um assento sanitário com elevação também facilita o ato de levantar e sentar. Outra dica é diminuir a ingestão de líquidos a partir das 18 horas", orienta a docente.
Inclusão
A docente da Uniara cita que é preciso incentivar a inclusão do idoso na sociedade. "É importante que a pessoa busque novas atividades para preencher o tempo, aprender coisas novas, praticar o voluntariado, investir na troca de afetos e dar muito valor para sua importância social. É preciso trilhar novos caminhos", ressalta.
Memória
Alessandra explica que o cérebro precisa de exercícios para seu funcionamento. "A memória precisa de estímulos, a dica é não delegar funções e não abrir mão das atividades da vida prática, como ir ao banco, supermercado… opções de lazer, como cinema, livros e jornais, receitas culinárias ajudam a pessoa a manter-se integrada, além de auxiliar na estimulação cognitiva e na orientação temporal. "É preciso buscar atividades que tragam prazer e satisfação", finaliza a docente.