Mais emprego e impostos: vários

A unidade da Friozem de Araraquara deve entrar em operação no final de agosto deste ano, segundo o diretor da unidade de Araraquara, Apparicio Penteado Junior. O investimento deve variar de R$ 13 milhões a R$ 15 milhões e irá gerar, num primeiro momento, cerca de 100 empregos diretos em diversas áreas.

Nesta semana, começaram as obras de terraplanagem da obra, na área de 105 mil m², no entroncamento da rodovia Manoel de Abreu, ferrovia e saída para SP-255.

No local, será erguida a estrutura composta de quatro câmaras frigoríficas e três túneis de congelamento, onde os produtos passarão de -5ºC para -18ºC, temperatura ideal para exportação.

O faturamento esperado das empresas que irão utilizar os serviços da Friozem deve chegar a R$ 20 milhões por mês, o que deve melhorar a posição de Araraquara no repasse do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Segundo o diretor da Friozem, Fábio Fonseca, entre os clientes da empresa, que deve trazer produtos para Araraquara, estão a Sadia, Cargill, Perdigão, Danone, Kibon e Nestlé.

O novo CD da Friozem irá completar o CD da Grande São Paulo, e atenderá cidades em um raio de 300 km de Araraquara. Por isso, o CD de Araraquara já nascerá grande, com 105 mil m², o terceiro maior da empresa, incluindo o galpão, armazém e pátio de estacionamento de carretas, além de previsão para futuras ampliações. A capacidade de volume de carga será de 50 mil m³.

Segundo Fonseca, a Friozem vai trabalhar com CD para serviços de logística para interior e também com estocagem de suco de laranja e de carne. "Araraquara está no corredor de exportação do Porto de Santos, onde estão concentradas 70% das exportações de carne do Brasil. Suco de laranja e carne vão ocupar metade do centro de distribuição, outros 50% serão destinado a produtos para o mercado interno."

Outros CDs

Além da Friozem, a Standart, que aguarda aprovação ambiental para investir R$ 50 milhões em um condomínio intermodal, a Panarello, distribuidora de remédios que investiu R$ 5 milhões em um novo CD, a Votorantim, que investiu R$ 4 milhões e deve ser inaugurada oficialmente no dia 30 de janeiro e a Distribuidora de Bebidas Ipiranga, que voltou para a cidade após sete anos, são exemplos de empreendimentos que apostam na localização estratégica de Araraquara e no entroncamento dos modais ferroviário e rodoviário.

"A aposta na vocação logística está saindo do papel e virando realidade", afirma o prefeito Edinho Silva. Segundo ele, no início de seu governo, em 2001, um estudo voltado para uma política de diversificação econômica do município apontou a localização estratégica como um fator para a atração de empresas.

Mais ICMS

No final da década passada, Araraquara perdeu empresas importantes o que acabou comprometendo o valor adicionado (diferença entre a receita do que é produzido no município e a despesa). Entre as empresas que saíram entre 1999 e 2000, estão a Distribuidora Ipiranga, da Coca-Cola, a Souza Cruz (cigarros) e a Kraft Food (chocolates).

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Sérgio Sgobbi, diz que os recentes investimentos anunciados devem trazer de volta os valores repassados antes da queda dá participação do município. Edinho fala que o grande reflexo será sentido pelas futuras administrações, já que a influência de empresas como Panarello e Coca-Cola só será sentida em 2009, dado que os índices de cada ano-base de apuração são aplicados para realização de repasses dois anos depois.

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