O 89º Encomex (Encontros de Comércio Exterior), realizado nesta semana em Araraquara, reuniu 720 participantes. O público foi composto, na sua maioria, por empresários e estudantes de Araraquara e da região.
Presença do Secretário do Comércio Exterior, Ivan Ramalho; secretário estadual de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento. Econômico e Turismo, Luigi Mássimo Giavina Bianchi; presidente da Ciesp, Cláudio Vaz; secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Paulo Sérgio Sgobbi; dentre outros.
A programação foi dividida em quatro painéis – Políticas e Ações de Comércio Exterior, Oportunidades para o Comércio Exterior Brasileiro, Instrumentos de Apoio e Estímulo ao Comércio Exterior e Mecanismos de Financiamento ao Comércio Exterior.
Os participantes tiveram acesso a outros serviços, como os Despachos Executivos, atendimento individual aos participantes, o Balcão de Serviços de Comércio Exterior (exposição de serviços e técnicas de apoio ao comércio exterior), e mostra de produtos da região: confecções, artesanato, cachaça, material odontológico e cosméticos.
Meta central
Segundo Ivan Ramalho, a preocupação do encontro é difundir a cultura de exportação e importação entre os empresários nacionais, principalmente os micro e pequenos. “A região de Araraquara tem municípios com um grande número de empresas de potencial para explorar o mercado externo”, afirmou Ramalho.
Resposta
Os resultados do encontro na economia local devem começar a surgir dentro de um ano. Ele deve incrementar o número de exportadores e a variedade de produtos comercializados em outros países.
Desde 1997, quando começaram os encontros, o número de empresas exportadoras pulou de 13 mil para cerca de 20 mil.
Caminho
Para o coordenador geral do Encomex, Sérgio Nunes, o evento colaborou para esse crescimento. “O número de participantes passa dos 48 mil”, afirma.
Resultados
De acordo com o secretário de Comércio Exterior, a expectativa deste ano de crescimento das vendas para o mercado externo é de US$108 bilhões, um aumento de 12% em relação ao ano passado.
“A posição brasileira no mercado internacional vem crescendo ano a ano. Em 2004, o país exportou US$ 96 bilhões e importou US$ 62 bilhões de dólares, um saldo de cerca de US$ 33 bilhões”, afirmou o secretário.
Boa fatia
As exportações representam hoje 16% do PIB (Produto Interno Bruto) e, somadas às importações, o volume de negociações externas já é 30% do PIB. “Esses números dão uma demonstração do grau de abertura do país no mercado externo”, afirma Ramalho. Para ele, o desempenho está sendo decisivo para diminuir a vulnerabilidade externa do país.
Manufaturados
Os produtos manufaturados representam o grande destaque entre os itens exportados. De acordo com Ramalho, o item representa 55% da pauta de exportação e cresceu 33% somente no ano passado, tanto no Brasil como na região. Somente nos dois primeiros meses deste ano, o crescimento das exportações com relação ao mesmo período do ano passado foi de 31%, impulsionado pelas manufaturas, que tiveram um desempenho 45% superior em relação aos dois primeiros meses de 2004.
A diversificação de produtos e empresas também é uma tendência do comércio exterior. Em 2004, foram incluídos 600 novos produtos e 1 mil novas empresas na pauta de exportações.