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Maioria dos franceses apóia casamento homossexual

Kerstin Gehmlich

O debate sobre o casamento gay ganhou fôlego na França na quarta-feira, quando uma proposta da oposição de legalizar as uniões do mesmo sexo entrou na agenda da campanha para as eleições do Parlamento Europeu, marcadas para o mês que vem.

Os líderes dos partidos Socialista e Verdes disputavam se deveriam apresentar a proposta no mês que vem ou em setembro. O partido que está no poder, o conservador UMP, rejeita o projeto.

A França aprovou em 2000 a união civil para todos os tipos de casais, mas os direitos não incluem os de adoção ou o de isenção de impostos, como os casamentos heterossexuais.

Uma pesquisa recente feita pela revista Elle indicou que 64 por cento dos franceses são a favor de casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Quarenta e nove por cento disseram que também aprovariam a adoção de crianças por casais gays.

Para Mariette Sineau, cientista política do instituto Sciences Po, em Paris, o debate sobre o casamento gay pode ressaltar o lado conservador do governo de direita aos olhos dos eleitores jovens. Mas ela acha que ele também pode ajudar o direitista Jean-Marie Le Pen nas eleições européias: “Ele pode alegar que é o único a defender os valores tradicionais franceses”.

ADOÇÃO

Analistas dizem que a iniciativa pode se mostrar útil para os socialistas, que esperam repetir nas urnas o sucesso que obtiveram nas eleições regionais de março, quando os resultados refletiram a insatisfação com as reformas econômicas e o desemprego sob a administração do primeiro-ministro Jean-Pierre Raffarin.

Mas há divisões dentro do partido. Duas importantes socialistas expressaram suas reservas no que diz respeito à adoção de crianças por casais gays. Uma delas é a ex-ministra da Justiça Elisabeth Guigou, que alertou contra o uso do tema na campanha. “Temos que pensar no interesse da criança”, disse ela à rádio Europe 1. “Uma criança precisa de um pai e de uma mãe.”

Segolene Royal, que tem quatro filhos e é uma das líderes socialistas mais importantes, disse que “não é homofóbico nem reacionário” ter dúvidas sobre o casamento gay.

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