Maio verde: prevenção pode evitar agravamento do glaucoma

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Foto: Freepik

De acordo com a OMS, doença é a segunda maior causa de cegueira permanente, atrás apenas da catarata

Mais de 111 milhões de indivíduos no planeta serão acometidos pelo glaucoma até 2040, conforme projeção da Organização Mundial de Saúde (OMS). Destinado à prevenção e ao combate à doença, o Maio Verde promove campanhas para alertar a população sobre o agravamento do problema, que pode ser evitado por meio de acompanhamento oftalmológico.

O glaucoma assusta por ser a segunda maior causa de cegueira permanente, como afirma a OMS, atrás apenas da catarata. Contudo, visitas constantes ao oftalmologista, exames periódicos e uso de colírios — que fazem parte do conjunto de medicamentos baratos disponíveis nas farmácias — podem tratar o problema antes da sua evolução.

O primeiro relatório mundial sobre visão publicado pela OMS aponta que mais de dois bilhões de pessoas no planeta apresentam algum tipo de deficiência visual ocasionado por condições como hipermetropia, miopia, catarata e glaucoma. Dentre esse número, pelo menos um bilhão de casos poderiam ter sido evitados ou ainda não foram tratados.

Segundo o estudo, a quantidade crescente de pessoas com alguma doença nos olhos tem como principais causas “o envelhecimento da população, a mudança de estilo de vida e o acesso limitado à assistência oftalmológica, principalmente em países de baixa e média rendas”.

Estima-se que cerca de 64 milhões de pessoas no mundo convivam com alguma forma de problema visual em decorrência do glaucoma. Os dados da OMS apontam que quase 7 milhões delas têm dificuldade de visão moderada, grave ou total.

Casos no Brasil

Conforme levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, mais de 6,5 milhões de indivíduos apresentam algum problema visual. Dentre esse total, 600 mil são cegos. O estudo mostra que o país ultrapassou a marca de 1 milhão de casos relacionados à visão. Já a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) aponta que o número é maior que 2 milhões.

Fatores de risco e sintomas de glaucoma

Alguns dos fatores de risco que podem desencadear o glaucoma são idade avançada, histórico familiar, hipertensão ocular e miopia elevada. Os casos não costumam apresentar sintomas no início, por isso a doença é considerada silenciosa. Segundo a SBG, somente quando mais de 40% do campo de visão do paciente está comprometido é que ele começa a perceber algum problema.

Visitas anuais ao oftalmologista, portanto, são fundamentais para a detecção precoce da enfermidade. Os exames periódicos permitem identificar a redução da visão, que costuma ser gradativa, progressiva e, geralmente, periférica.

Os sintomas demoram meses ou até anos para aparecer. Ao chegar numa fase mais avançada, sem diagnóstico, o indivíduo pode começar a esbarrar nos objetos ao redor devido à perda da visão periférica.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do glaucoma é realizado com exames de fundo de olho, detecção de alterações no campo visual, aferição da pressão intraocular e avaliação do nervo óptico. Para observar a evolução da doença, dependendo da sua gravidade, o paciente diagnosticado pode ser acompanhado com exames a cada seis meses ou anuais.

O glaucoma não tem cura, mas a detecção e o tratamento precoces apresentam resultados satisfatórios. Inicialmente, o cuidado é clínico e medicamentoso, à base de colírios chamados de hipotensores, que reduzem a pressão intraocular.

Recorre-se ao laser quando o problema resiste ao tratamento. Já para as situações extremas, a cirurgia é a opção indicada. Em determinados casos, pode ser recomendada a associação entre os tratamentos.

(Luiz Affonso Mehl – Analista de Link Building – www.expertamedia.com.br)

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