Liga metálica para implantes

A biomédica formada pelo Centro Universitário de Araraquara Uniara -, Karla Regina Pereira, realizou um estudo de iniciação científica que identificou a possibilidade de uma nova liga metálica ser utilizada em implantes ortopédicos e dentários, biocompatível com o sangue humano.

O estudo foi concluído num período de um ano e seis meses em parceria com o Departamento de Engenharia de Materiais, Aeronáutica e Automobilística da Universidade de São Paulo USP -, unidade de São Carlos, e com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FAPESP.

A pesquisa intitulada Análise da Hemocompatibilidade liga Ti-Si-B: material candidato a biomaterial teve como orientadores a docente da Uniara, Prof.ª Dr.ª Renata Dellalibera-Joviliano, e os docentes da USP, Profª. Drª. Lauralice de Campos Franceschini Canale e Prof. Dr. André Luis Paschoal.

Karla estudou a junção do Titânio, Silício e Boro como uma liga metálica candidata a biomaterial, ou seja, material de procedência não biológica adaptada para ser usado no corpo humano. Ela explicou que essa liga associada ao sangue humano, que estabelece contato direto com o tecido ósseo, é perfeitamente compatível.

Esse estudo é importante para a sociedade, uma vez que, baseada na maioria dos estudos científicos existentes, a tradicional liga metálica utilizada para o mesmo fim feita com Titânio, Alumínio e Vanádio demonstra efeitos carcinogênicos, de câncer. O que até o momento não ocorre com a liga Ti-Si-B.

Neste trabalho foram seguidas as Normas Internacionais preconizadas pela ISO 10993-4 – Biological Evaluation of Medical Devices – Part 4: Selection of tests for interactions with blood e pela ASTM F-756 – Standard Practice for Assessment of Hemolytic Properties of Material, as quais dão o suporte necessário para uma das etapas de pesquisa da possível biocompatibilidade do material em estudo.

Karla, que concluiu o curso de Biomedicina na Uniara em 2004, iniciou este ano um projeto de mestrado na USP de São Carlos que pretende aderir biofilmes, bactérias que podem prejudicar os implantes e os implantados com a Ti-Si-B. A biomédica enviou a pesquisa para a Fapesp a fim de conseguir novo apoio financeiro. O resultado está previsto para ser divulgado em março.

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