Licitação para retirar trilhos ferroviários

Secretaria de Meio Ambiente dá licença para projeto de retirada dos trilhos que separam a Vila Xavier do centro de Araraquara numa área nobre que precisa ser bastante discutida para seu aproveitamento urbanístico.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente emitiu, nesta semana, a Licença Ambiental de Instalação para o projeto de desvio ferroviário e mudança do pátio de manobras para Tutóia. A licença era o documento que faltava para que o Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes do Ministério dos Transportes) pudesse abrir a licitação para as obras de remoção dos trilhos que cortam Araraquara.

A verba para a execução das obras do novo contorno ferroviário está incluída no Orçamento da União de 2007. O valor de R$ 40 milhões está previsto no PPI (Projetos Prioritários de Investimentos) e, portanto, não pode ser contingenciada ou sofrer qualquer corte. O projeto do contorno ferroviário prevê a transferência do pátio de manobras, oficinas para a região de Tutóia. Toda a obra está estimada em R$ 110 milhões.

Agilidade

O prefeito Edinho Silva vai trabalhar para a publicação do edital já nos próximos dias, pois, a retirada dos trilhos e do pátio do centro da cidade são fundamentais para o desenvolvimento do município. “Este é um desejo antigo de todos, pois os trilhos cortam Araraquara, e o pátio ocupa uma área que poderá ser utilizada para projetos de desenvolvimento da cidade”, diz o chefe do Executivo que tem só dois anos de mandato.

Na semana passada, o Dnit já havia publicado a portaria que aprova o projeto executivo de mudança do pátio de manobras para Tutóia.

Projeto

O projeto executivo foi realizado pela Vega Engenharia e consiste na implantação de um contorno ferroviário com 17,6 km de extensão. Integrado a ele, um pátio de grande porte de aproximadamente 30 km de linhas para cruzamento de trens, manobras e estacionamento de vagões. Abrigará também um conjunto de instalações auxiliares, dentre as quais se ressaltam as oficinas de vagões e locomotivas, posto de abastecimento, oficina de manutenção de máquinas de via e escritórios de apoio.

Tositto cita

os benefícios

Para o secretário de Desenvolvimento Urbano, Edélcio Tositto, os benefícios da retirada dos trilhos da zona urbana vão desde econômicos, urbanísticos e até sociais. “Araraquara está próxima de realizar um antigo sonho. Um sonho de mais de 50 anos e que vai mudar a sua estrutura urbana”, salienta.

Segundo o Eng. Tositto, a segurança da população é um dos pontos mais importantes já que hoje grande parte do transporte de carga é realizado com produtos inflamáveis. “A obra vai trazer uma tranquilidade para a área central e populações contiguas aos trilhos. O traçado atual foi concebido numa época em que o volume e os tipos de cargas eram outros. Hoje, com a nova dinâmica de transporte ferroviário implantado no país, o trajeto na área central não é mais viável e seguro. Sentimos que as próprias concessionárias da rede ferroviária têm preocupação com as grandes composições de carga em zona centrais que podem trazer riscos à população”, explica.

Para Edélcio Tositto, no contexto urbano a obra significa a interligação de duas grandes áreas, Vila Xavier e Distrito Sede. “É como se fosse a interligação de duas cidades. O traçado atual separa Araraquara. Sem contar a importância social e econômica que vai trazer com a implementação de obras públicas ao longo das áreas liberadas. A idéia é transformar num grande parque linear para uso da população ou até mesmo corredores de ligação norte sul”, antecipa.

A história

A discussão sobre a retirada dos trilhos da zona urbana de Araraquara vem desde a criação do bairro Jardim das Estações (zona leste), onde seria instalada a nova estação de trem.

Em 2001, quando o governo Edinho tomou posse, o Exercito, em parceria com o Ministério dos Transportes, havia acabado de entregar o Projeto Executivo do novo traçado que ligava a Estação do Ouro a Estação de Tutóia. Essa proposta foi rediscutida entre Prefeitura e Ministério de Transportes. A prefeitura solicitou a inversão das prioridades: a transferência deveria começar pelo pátio de manobras que ocupa 80% da área da ferrovia na zona urbana de Araraquara e inclui as oficinas, os diversos prédios, escritórios de administração para, em seguida, ser realizado o novo traçado a fim de diminuir os transtornos à população. (assessoria de imprensa municipal)

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