Sabemos que não, embora seja direito ou até obrigação da sociedade organizada exigir esforços de quem de direito para que tal cobrança seja menor, menos voraz. O fígado do contribuinte, que se esfola por mais de 100 dias a cada ano para atender à mordida do Fisco, não agüenta a insensibilidade oficial. Mas, com objetividade: é um crime cobrar imposto de remédio. Sim, um crime inominável. Os governantes que priorizam o social, que respeitam a cidadania não devem ignorar que cobrar imposto de arroz-feijão ou de remédios é jogar ao lixo a chance de valorizar a família. Nenhuma bolsa-esmola dá felicidade semelhante ao prazer do pai ou da mãe em adquirir o remédio que vai curar o filho. Cobrar com justiça e inteligência. Por isso, ao levar o tema ao deputado Roberto Massafera de imediato o J.A. recebeu a sua adesão: “vou trabalhar na esfera estadual e contar com o apoio do governador Serra para que seja corrigida essa injustiça tributária. Efetivamente não podemos concordar com o pagamento de imposto no remédio que é adquirido para curar uma moléstia. É uma questão de dignidade mesmo”. Como existem impostos da esfera federal certamente o deputado Dimas Ramalho abraçará essa causa. Isso é defender o consumidor, a renda da família e a alegria de todos os pais em garantir o remédio para debelar uma enfermidade da família.
No entanto, caso os nossos deputados se depararem com uma burocracia gelada, insensível e canhestra que consigam, pelo menos, exigir legalmente que na caixa do remédio seja gravado o quanto de imposto está sendo pago. Isso, em última análise, servirá para dimensionar o tamanho da mordida e conscientizará o contribuinte sobre o caminho trilhado pelo seu dinheiro com destino ao caixa do governo.
De todo jeito será uma conquista, mas, acreditamos no corte do imposto dos remédios porque isso é uma ação cruel.
Em tempo: Roberto Massafera toma posse a 15 de março de 2007 enquanto Dimas Ramalho continua no exercício de seu mandato de deputado federal. Se você aprovar essa idéia e quiser sugerir algo aos nossos deputados, escreva para o Jornal de Araraquara (e-mail redacao@jornaldeararaquara.com.br) e fax (16) 3332-1002.