A respiração é uma função vital. Deve ser realizada através da cavidade nasal, onde o ar é filtrado de suas impurezas, aquecido e umidificado.
A respiração Nasal está diretamente relacionada com o desenvolvimento crânio-facial.
A face tem seu maior crescimento nos primeiros dez anos de vida. Sendo assim, é de suma importância que o fluxo aéreo seja conduzido pelos canais normais, de maneira harmônica, o mais precocemente possível.
A modificação do padrão respiratório pode ocorrer por fatores orgânicos (alergias, hipertrofia de tonsilas palatinas e/ou faríngeas, desvio de septo, tumores, pólipos, fraturas) e fatores funcionais (hábitos orais inadequados).
Quando a respiração nasal por algum motivo torna-se difícil, o indivíduo, por uma adaptação do organismo à sobrevivência, passa a respirar pela boca ou acaba tendo uma respiração mista. Essa situação de desequilíbrio induzirá durante o período de crescimento e desenvolvimento, alterações estruturais de toda a face, causando anormalidades, tais como:
* Face mais estreita e longa
* Protrusão dos dentes superiores
* Mordida aberta e/ou cruzada
* Lábios entre abertos, secos, rachados
* Alteração do tônus da musculatura da face, das bochechas, dos lábios
* Postura da língua anteriorizada
* Alterações corporais
* Olheiras
* Cansaço, desatenção
* Mastigação rápida, ineficiente
* Alteração da deglutição, da fala e da voz..
É preciso somar todas as queixas do Respirador Bucal, analisar todas as alterações, para se conseguir o diagnóstico e traçar o melhor tratamento para o indivíduo, o qual muitas vezes é multidisciplinar, envolvendo o médico especialista, o ortodontista, o fonoaudiólogo, o fisioterapeuta e a nutricionista.
(Renata Puccinelli de Miranda – Fonoaudióloga, Especialista de Motricidade Oral, Docente do Curso de Fonoaudiologia – UNIARA – e Responsável pelo Setor de Fonoaudilogia do CEDEFACE)