A disputa entre irmãos sempre foi mostrada nos filmes e romances. O conflito mais recente ocorre com as irmãs Sandra (Danielle Winits) e Thelma (Grazi Massafera) na novela Páginas da Vida.
Psicólogos e pedagogos explicam que a rivalidade entre irmãos é importante para o desenvolvimento da criança, pois, com a disputa por atenção e espaço elas adquirem valores que levarão para toda a vida.
A disputa pode começar muito cedo, no caso de gêmeos, desde a barriga da mãe. Crescer juntos, sempre dividindo roupas, amigos, atenção dos pais e aniversários, no entanto, podem ser motivo de briga para muitos.
Complemento
No caso dos gêmeos idênticos Marcelo e Márcio de Sousa Góes, 29 anos, as divisões e semelhanças foram positivas e a competição sempre saudável. “Um nunca quis ser melhor do que outro. Não era uma competição entre irmãos, mas, de complemento fraternal”, explica Márcio.
Os irmãos dizem que até aos 12 anos se vestiam iguais e que ainda hoje gostam de ficar parecidos: têm guarda-roupa em comum e usam a mesma armação de óculos. “Nossa afinidade é confirmada na escolha das roupas, acessórios e gosto musical. Gostamos de tentar ser o mais igual possível”, diz Marcelo.
Eles dizem que a fase mais turbulenta foi na adolescência em que se desentediam sobre algumas escolhas. “Depois dessa fase as coisas melhoraram bastante. Até este ano dormíamos no mesmo quarto, mas, o Márcio me trocou pela minha cunhada”, revela Marcelo fazendo uma brincadeira.
Escola
Os gêmeos estudaram juntos até a sexta série e explicam que algumas escolas não deixavam ficar na mesma sala para evitar uma competição negativa. “Em nosso caso isso era uma bobagem, pois, sempre tivemos boas notas e nos entendíamos bem”, afirma Marcelo. “Márcio se destacava nas exatas e eu nas humanas, mas, não existia a idéia de querer ser melhor do que o outro. Era como se nós dois fôssemos bons em tudo”.
Outro gênero
A irmãs Luciana e Luciene Ruiz Baccini, também gêmeas idênticas, explicam que as brigas aconteciam quando eram pequenas, mas, as duas sempre se defendiam para não levar bronca.
As gêmeas estudaram na mesma sala, até o cursinho. “Tentavam fazer com que a gente não ficasse sempre juntas para preservar a individualidade. Mas sempre tivemos os mesmos amigos e tirávamos as mesmas notas”, diz Luciana.
No colegial
As diferenças começaram a aparecer. Luciene preferia matemática, física e química e Luciane gostava mais de biologia. “Alguns gostos diferentes, mas nunca brigamos por isso. Afinal tínhamos os mesmo amigos e saíamos sempre juntas. Dividimos tudo: roupa, brincos e até o pacote de bolacha”, finaliza Luciane. (Luiza Paiva)