Comentário de Arnaldo Jabor, no Jornal da Globo, segunda-feira (18), foi ao ar exatamente aos 27 minutos de terça-feira (19). Um jornalista brilhante, que conhece a história e articula as palavras como cenas de um filme da vida. Chama a atenção, ganha audiência, mas num horário desses? Pergunta um leitor do J.A. enviando o aludido comentário em sua íntegra:
“Afinal por que esta maldita divisão entre público e privado? Por que os empreendedores que fizeram o país são tratados como ladrões e, os políticos, como guardiões do patrimônio nacional? O governo Lula conseguiu demonizar a palavra privatização. O caso da Vale foi exemplar, os soviéticos do PT não engoliram que uma empresa privatizada virasse a segunda do mundo. Agora será controlada pelos donos do poder – leia-se aliados e conveniências políticas. Mesma coisa a Infraero. Como estão as investigações do desfalque de muitos milhões que o Ministério Público apontou em 2007? Há razões culturais para isso. A coroa portuguesa perseguia os empresários para que só trabalhassem para o bem do rei e sobre as razões coloniais e culturais portuguesas somou-se um leninismo de galinheiro que acha que o Estado tem de controlar tudo. Como em Cuba, Coréia do Norte e outros paraísos. Quase mataram Fernando Henrique quando privatizou a telefonia. Hoje, todos os que me veem, têm celular e não vamos esquecer as razões sórdidas também. É muito mais fácil roubar, digamos, os Correios do que uma empresa privada. Lula é filho da iniciativa privada, se não houvesse o capitalismo do ABC o Lula estaria lá em Garanhuns. Enquanto não entenderem que quem move o país é a sociedade democrática e, que, cabe ao Estado regular e organizar, viveremos esse pântano feito de incompetência, burrice e roubalheira".
