g.polezze
Os piores momentos
A Câmara Municipal de Araraquara ficou de saia justa nos últimos dias tendo que pedir perdão a um policial, citado em requerimento do líder petista Carlos Alberto Nascimento “como agressor de um sindicalista e merecedor de um voto de repúdio”.
Teria restado, a final de procedimento militar, que o policial agiu dentro dos preceitos legais. Sua inocência também teria sido decretada pelo Judiciário. Vale dizer que, “oficialmente”, o policial foi condenado pela Câmara Municipal. Uma precipitação que permite ação por perdas e danos morais.
Desculpas ao PM
Os vereadores Idelmo Pereira da Silva e Marcos José Rodrigues publicam desculpas ao policial que foi assistir a sessão ordinária, ao lado de alguns colegas da corporação.
Melhor do que pedir desculpas é o vereador ler a matéria antes de assinar o pacote que, invariavelmente, é colocado na bancada para possível co-autoria.
Requerimento de uma Casa de Leis não deve ser visto como um mero Boletim de Ocorrência que registra ponto-de-vista unilateral para eventual condenação, sem o devido processo legal.
Danos morais
Carlos Alberto Manço, o vereador que mostra todo o respeitável potencial em épocas eleitorais, acerta em afirmar que “toda a Câmara Municipal pode ser responsabilizada por danos morais”.
E, no caso, quem pagará o devido ressarcimento ao policial, desde que como é óbvio seja determinado judicialmente? Os cofres municipais que são alimentados pelo imposto, taxas e ICMS que você, prezado leitor de Araraquara, paga religiosamente. Quer dizer, pode sair do bolso do povo.
Eles também assinaram
Assinaram e, pelo andar da carruagem, colocaram o nome para endossar acusações furadas (indevidas e ofensivas) contra o policial: Edna Sandra Martins, Mário Hokama, Elias Chediek Neto, Ronaldo Napeloso, Valderico Jóe, Jurandi Reis de Oliveira, Anderson Haddad, Raimundo Bezerra e Edno Pacheco. Foi uma lição, espera-se.
A coerência do autor
Supondo-se que o policial adentre com ação e consiga vitória em sua tese, demonstrando cabalmente que as notícias e demais atos legislativos causaram-lhe prejuízo e mal-estar à família, por certo o vereador Nascimento, coerentemente, vai afirmar que ele foi a fonte geradora e, portanto, assume a dívida com o policial.
O telefone de ouro
O que os vereadores araraquarenses gastam de interurbano daria para comprar, pelo jeito, milhares de cestas básicas. Uma pergunta, sem ofender: qual o interesse do povo que é defendido com tantas horas de interurbano?
Nem queremos, em nome da santa transparência, pedir a lista de interlocutores, tempo, assunto e respectivas cidades.
Olha o Marcelo na bica
O governo Lula pede ao PMDB que apresente duas listas tríplices de candidatos aos ministérios que o partido vai receber na próxima reforma.
O presidente pretende analisar a biografia dos escolhidos para evitar aborrecimento. O escolhido não pode ter escândalo no passado.
Marcelo deixa Diretório
Marcelo Barbieri, inopinadamente, entrega a presidência do Diretório Municipal ao Nino, seu fiel escudeiro de longa data. Por quê? Eis a questão que os analistas não conseguem digerir.
Para ministro agora ou para prefeito, no ano que vem?
Barbieri conhece, como poucos, os bastidores. Tem Quércia como anjo da guarda (ministro) e ganha atenção dos bastidores (apoio) de sua cidade (prefeito).
Pilar do José Dirceu
O superministro José Dirceu tem no Marcelo Barbieri um ponto de apoio político dos mais eficientes. É bom o acesso e grande a experiência de Barbieri na Câmara Federal. Com isso, o líder araraquarense tem sido uma alavanca para políticos, empresários e demais empreendedores da região de Araraquara. Há quem diga que faz mais que um deputado federal.
O De Santi na ponta
Os bastidores ferveram, nesta semana, aduzindo que De Santi poderá sair como candidato a prefeito e Marcelo Barbieri como seu vice.
Sinceramente, não dá para acreditar, mas, em política tudo é possível e não se pode esquecer que De Santi deu apoio a Marcelo na última eleição e chegou a dizer que ele era como um filho…
A divisão que dói
Até hoje o Dr. Coca Ferraz sente uma dor terrível em sua consciência quando lembra de ter dividido e quebrado o esquema de seu criador e guru Roberto Massafera. Isso já é uma página virada?
Dimas atrás do fato
A notícia sobre Vara Trabalhista de Américo Brasiliense (projeto do ano de 2000, antes da posse dos novos deputados) dá a idéia de que Dimas Ramalho espera um fato acontecer para tentar ganhar alguns dividendos. Ledo engano, a prefeita Cleide Berti Ginato disse ao JA que a luta do deputado Dimas para acelerar a tramitação do projeto foi muito grande e, portanto, torna-se merecedor da gratidão do povo ameriliense.
Valorização da história
O tempo exige agilidade mental, rapidez de atitudes e, para não perder o bonde, alguns procuram tansformar gente em peça de uma máquina que esmaga para alcançar metas. Na vida política é quase natural que o candidato dê importância às pessoas que possam colaborar para com a sua vitória. Depois, bem depois essas pessoas se não forem mais (tão) importantes para tais metas (ganhar eleição), simplesmente são descartadas. Tem agentes políticos que ganham mandato e esquecem que podem não ser reeleitos e acabar perdendo até o suposto prestígio. O político sem mandato recupera o seu valor real. É uma questão de tempo para voltar a humildade, igualdade e valores correlatos.