A Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma) garante não ter conhecimento da autorização de qualquer reajuste dos preços de medicamentos por parte do governo federal.
Embora tenha encaminhado às autoridades vários pedidos de antecipação do reajuste previsto para o final deste ano, por força da defasagem provocada pela alta do dólar, o setor ainda não obteve nenhuma resposta oficial e só se pronunciará após um eventual anúncio oficial da decisão federal sobre o tema.
A correção dos preços dos medicamentos, congelados por lei desde o início de 2002, está atrelada a uma fórmula paramétrica que leva em conta a variação cambial, entre outros fatores, para cálculo do próximo reajuste.
Esta representa a principal variação de custo dos insumos utilizados pela indústria. Foi devido ao grande peso das moedas estrangeiras na formação dos preços que o setor reivindicou ao governo federal o adiantamento de um reajuste, previsto para 31 de dezembro próximo, tal qual ocorreu no ano passado.
A defasagem acumulada do setor, que foi congelado quando o dólar valia R$ 2,36 , hoje chegaria a 18,6%, se a fórmula paramétrica fosse aplicada com o dólar médio de R$ 3,34, registrado no mês de setembro.