O presidente da Acia, Valter Merlos, afirma que convidou o advogado João Luiz Ribeiro dos Santos para continuar na presidência da Facira. Ele teria dito não. E a 20 minutos da decisão entregou uma carta, através da secretária Fátima, candidatando Ariovaldo Meirelles (Vado) e Washington Rosa. O empresário Victor Cesar de Moura foi o escolhido.
Diante do que foi falado até agora, resta uma entrevista direta com o presidente Merlos, focalizando as principais vertentes. Acompanhe as suas respostas:
JA- A exemplo da Arena (PFL) e MDB (PSDB), a Facira (desdobrada da feira da Apae que acabou extinta) também se desdobra. Isso acaba enfraquecendo o evento?
VM- Eu não vejo enfraquecimento nenhum. Essa é a opinião de poucos que se sentiram desprestigiados. Diria melhor, tiveram a vaidade ou interesse pessoal atingidos, ficaram descontentes com o processo de escolha do novo presidente da Facira. Então, estão pensando em fazer alguns eventos, não feira, mas eventos para arrecadação de fundos para o Fisa.
Como o objeto é comum (instituições assistenciais) não enfraquece a Facira?
Não, da forma como eles estão propondo em datas diferentes e de cunho social para levantar fundos para o Fisa. Acho salutar.
O prefeito Edinho endossou a escolha, continua parceiro da Facira?
O município de Araraquara está amplamente favorável ao nome do Vitor e com certeza fará o que for melhor para que a feira do próximo ano tenha maior sucesso do que a do ano de 2004.
O João Luiz Ribeiro indicou o Washington e o Vado e você tem dito que ambos não tiveram a votação suficiente. Quer dizer, o Vitor ganhou porque os outros dois não tiveram chance de apresentar plano de trabalho. Ou a diretoria escolheu e ponto final?
Não, absolutamente. Não foi escolher por escolher… acontece que desde o começo, após o término da Facira, estávamos preocupados na indicação do novo presidente e solicitamos ao Dr. João Luiz se tinha algum nome para levar à ACIA, que é a promotora e responsável jurídica na esfera cível e criminal do que vier acontecer durante a Facira. E ele sabe disso, tanto que assinou como advogado o novo Estatuto da Associação Comercial para atender aos ditames da Lei do novo Código Civil. Apareceu o nome do Vadão e o do Washington. Nós chegamos a convidar o Washington que foi tachativo em dizer que não era candidato, não teria tempo para assumir.
Mas, o Washington acabou aceitando a candidatura.
A partir do momento que ele não aceitou ser candidato, indagamos o Dr. João se ele queria ser reeleito. Ele disse que não queria, que colaboraria sem estar na presidência.
Termina uma Facira e se escolhe o sucessor. Por que foi modificada a maneira de se escolher o mandatário?
Por solicitação da nossa diretoria e da administração pública foi deliberado que aguardaríamos as eleições municipais para eleger o novo presidente.
Quer dizer que a Facira depende totalmente do Poder Político?
Veja bem, é uma interligação: todos dependemos de todos. A administração pública é parte integrante da Facira. A Associação Comercial, os voluntários, o Fisa… todos nós somos indispensáveis para o sucesso da Facira.
Que mais para elucidar essa situação envolvendo nomes?
Só para complementar o processo seletivo. A partir do momento que o Washington não era candidato, o Dr. João Luiz não quis continuar na presidência, procuramos dentro da própria diretoria da Facira alguns nomes que pudessem ser o presidente, que reunisse as condições necessárias para o cargo. Alguns diretores declinaram, não aceitaram.
Saímos em busca de outros nomes do meio empresarial, até que finalmente conseguimos o aceite do Vitor que pediu um tempo.
Finalmente disse sim. Nesse momento, marcamos uma reunião de diretoria para levar o seu nome à aprovação. Comunicamos o fato verbalmente ao Washington que, a quatro dias da eleição, assumiu que também seria candidato. Então, dissemos, tem mais um candidato: o Vitor. Washington queria que seu nome fosse submetido à apreciação da diretoria da Acia. Entramos em contato com o Dr. João que entendeu fazer ofício (entregue, vinte minutos antes da reunião da diretoria, à nossa secretária, na casa dela), indicando o Ariovaldo e Washington.
Na reunião, cada diretor-votante teve a oportunidade de se manifestar exaustivamente sobre os três candidatos, ponderando as qualidades de todos eles. Diga-se de passagem, todos têm o seu valor, todos têm o seu potencial e temos certeza que num futuro próximo poderão estar assumindo a presidência da Facira. Mas, desta vez, por consenso o Vitor foi eleito para exercer a presidência da Facira.
Foi uma decisão democrática. O Dr. João se sentiu desprestigiado porque entendeu que não foi convidado a participar do processo eletivo. Ponderei que não poderia participar devido ao estatuto que não permite a presença de pessoas que não fazem parte da diretoria. O direito ao voto é somente dos diretores da Acia.
Quando da entrega simbólica do cheque de R$ 50 mil reais ao Fisa, onde todos aguardavam que a gente indicasse um presidente, infelizmente não tínhamos ainda o nome. Estávamos analisando possíveis candidaturas e que, na primeira semana de novembro, prosseguiríamos com a eleição. Então, o Dr. João sabia sim que existiria um processo de escolha na primeira semana. Alega que não foi chamado, que não foi convidado, e nada disso é verdade. Ele foi sim, e teve conhecimento diante de nossa manifestação à imprensa e quando foi dissolvida toda a diretoria da Facira.
Agora, permitimo-nos o direito de estranhar o procedimento do Dr. João Luiz Ribeiro dos Santos e de alguns poucos que, de certa forma, estão despretigiando a Facira 2005. Ao criar dissabores, tentam enfraquecer a Facira no meio da sociedade. Não sei qual a finalidade. Vaidade?, não sei. Interesses pessoais?, não sei!