A Internet influi na vida das pessoas e se coloca como forma de infidelidade. É natural ouvir falar de relacionamentos desfeitos, sendo que uma grande parte tem como “culpada” a Internet, que, com o seu caráter anônimo, oferece um ambiente favorável para a busca de encontros.
O Brasil conta com mais de cinco milhões de internautas e as páginas mais visitadas são as eróticas. O site de buscas Google tem relacionado 4 milhões 220 mil homepages sobre a palavra sexo. A maioria das pessoas entra nesses sites buscando salas de bate-papo para interagir, independentemente do perfil.
Relação estressada
Maria, 46 anos, conta que seu casamento de vinte anos acabou assim que suas filhas compraram um computador. “Meu marido passava horas e horas em frente ao computador e quando eu me aproximava ele pedia pra não atrapalhar que estava fazendo uma coisa muito importante”, declara.
Traição?
A estudante Camila, de 17 anos, afirma que não existe traição pela Internet, pois para trair tem que ter um contato físico. “A traição virtual como o próprio nome diz é virtual. Portanto, não existe. O que pode acontecer é buscarmos em alguém virtual uma companhia que possa suprir qualquer carência afetiva”.
Transparência
Nesse mundo novo existem também o orkut, o icq e o messenger (msn), que são programas de bate-papo onde as pessoas teclam com internautas adicionados em sua lista de contatos.
A internet se coloca para os seus usuários como se fosse uma realidade, “se o contato virtual for de amizade e não houver interesse de nenhuma parte pode ser bem saudável”, afirma Maria. Mas, na maioria dos casos não é assim. As pessoas entram nos bate-papos procurando uma pessoa que se adeque ao seu estilo para teclar e em alguns casos chegam a marcar encontros para se conhecerem pessoalmente.
*Essa matéria contém nomes fictícios para garantir a privacidade das fontes.
