O presidente da Câmara Municipal de Araraquara, Ronaldo Napeloso, envia convite ao J.A. para assistir a Sessão Solene de entrega do título de “Cidadão Benemérito” ao Senhor Wilson Silveira Luiz, conferido através do Projeto de Decreto Legislativo proposto pelo vereador Idelmo Pereira da Silva e aprovado pela unanimidade da Casa de Leis. Será dia 16 de novembro, às 19h30, no plenário da edilidade, à Avenida José Bonifácio,176.
Trata-se de justa homenagem ao araraquarense que narrou mais de 1.200 gols da Ferroviária para “machucar o coração dos adversários” (o seu bordão ao gritar a palavra mágica que faz a alegria de uma torcida), realizou grandes jornadas e se realizou em atividades voltadas à comunidade. Como a sua liderança no surgimento e coordenadoria da modalidade que reúne centenas de pessoas da região de Araraquara, a LIBA – Liga de Bocha de Araraquara. O esporte como caminho para a promoção social, à confraternização objetivando a união de forças para atingir a meta colimada. Wilson, profissional competente, sempre se transformou à frente de um microfone e, hoje, está em nossas páginas inserindo o seu conhecimento, a sua experiência.
Como falou recentemente o leal e respeitoso ex-jogador de futebol que está prefeito, Edinho Silva: “cresci ouvindo o Wilson Luiz e tenho por ele a maior estima”. Milhares têm-no como partícipe da história do esporte, da história de Araraquara e, por isso, o J.A. faz homenagem ao profissional, ao chefe de família que soube aparelhar os tijolinhos para edificar um prédio forte. Claro que com algumas feridas, mas, que são tiradas de letra porque ele e a esposa Cidinha caminham dentro dos princípios espirituais. A maneira de absorver certos baques. Conheça um pouquinho mais deste sorridente companheiro que consegue fazer piada até de eventos tristes. Como alguns que tentaram deixá-lo no meio da estrada.
“O primeiro banco escolar foi na União Operária, Rua 1 esquina da Prudente de Moraes. Depois o Grupo Escolar Pedro José Neto, com as professoras Alzirinha, Eudóxia Pinto Ferraz… Cursei Contabilidade na Escola do Professor Borges. Mas nem cheguei a registrar-me como profissional da área, em razão de servir o Exercito Nacional, no 2ª Batalhão de Caçadores em São Vicente.
Microfone
pela 1ª vez
Foi no serviço de alto-falante da sub-sede do PTB (de Getúlio Vargas), na Rua l onde hoje está a residência do ex-vereador Oswaldo Prando. Lá no quartel anunciava as candidaturas de Getúlio e Garcez.
Microfone
pela 2ª vez
Foi no quartel de São Vicente, onde coordenava o serviço de alto-falante. O mesmo instrumento também na antiga sede do Clube 22 de Agosto, na Avenida Portugal, mas, como cantor ao lado de Faruk, na Orquestra do Euclidinho Santos. (Fiquei só na experiência de nº 1).
O início
na rádio
Em Rádio, comecei na ex-Progresso, hoje Clube de São Carlos, a convite de Antônio Walter Frujuelle que presentemente é proprietário da Radio DBC (Ibaté).
Aí começou o rodízio por diversas emissoras do Interior, até receber convite de Leonardo Barbiéri para assumir o Departamento de Esportes da Radio “A Voz da Araraquarense”, hoje Morada do Sol.
Na Band
Fui correspondente da Radio Bandeirantes de 1972 a l985. Tive a oportunidade de representar outras emissoras, como a Radio Central (Campinas).
No jornal
A notícia impressa começou em 1961, no Correio de São Carlos. Na crônica esportiva fui presidente da ACESC – Associação dos Cronistas Esportivos de São Carlos, em duas gestões. Fui Presidente da ACEA – Associação dos Cronistas Esportivos de Araraquara; Diretor do Interior da ACEESP – Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo e também integrei o Conselho Superior dessa entidade onde sou sócio-vitalício. Exerci também a função de presidente da COMTUR – Comissão Municipal de Turismo de São Carlos.
Trombada de amor
Terminei o meu tempo de Exercito em São Vicente e fui passear em São Carlos, aonde meus pais transferiram residência. Cheguei com a intenção de retornar a Santos onde estava acostumado com o ritmo daquela cidade. Cheguei em São Carlos com uma gripe forte. Depois de alguns dias, me recuperei e planejava a volta pra Santos. Num determinado dia, pela manhã, saí pra dar uma volta pela Vila Prado, andei duas quadras e na esquina da chamada Travessa 3 com a Rua Larga (Avenida Dr. Teixeira de Barros), dei uma trombada numa menina que apressada para não perder a hora do trabalho. Era a Cidinha com quem estou casado há mais de 46 anos. Dias após a “trombada” no chamado footing da Praça Coronel Sales, no centro de São Carlos, reconheci a Cidinha e começamos o namoro. Depois de três anos nos casamos em 28/maio/1960, na Igreja Santo Antonio, da Vila Prado.
Confissão de amor
Devo registrar que tenho na Cidinha a verdadeira motivação de vida. Diante de tantos tropeços, com dificuldades e mais dificuldades, tem hora que a gente pensa em parar tudo e se acomodar. Mas, a Cidinha tem sido uma grande motivadora, levantando o moral da gente e dando aquela injeção de ânimo para que a luta continue. O amor é alimentado, principalmente pela tolerância. Como ninguém é perfeito, há que se ter “jogo de cintura” em quase todas as decisões da vida. E nada melhor do que ter uma companheira todas as horas, chova ou faça sol. O melhor investimento que fiz na vida foi ter encontrado a Cidinha naquela manhã fria, do distante ano de 1957, em São Carlos.
Tivemos 7
filhos
Nossa união permitiu a vinda de 7 filhos, uma das quais já retornou para a pátria espiritual (a Cristiane Valeria). E vieram os netos: 10. A Brisa Maria deu seqüência à família com o nascimento de nossa primeira bisneta, a Júlia. E mais: Gabriel, André, Helena, Mariana, Caio, Camila, Maria Vitória, Gustavo e Rafael.