Mário Takatsui veio da terra, onde os pais lavravam com amor para tirar o sustento da família. Estudou um pouco no campo e depois na cidade, mas, a escola deste profissional competente é a vida, a faculdade maior alicerçada em muitos anos de experiência. Mário é graduado, mestre e doutor na relação social, é querido e respeitado no segmento e por toda a cidade. Começou com o pai e ganhou a preferência com os cliques magistrais. Sempre com o espírito solidário. Inveja nunca passou perto de sua casa, mas, a vontade de ajudar os companheiros e a quem precisasse, com certeza. A sua generosidade, própria do bom japonês, ganha notoriedade: Mário, um brasileiro notável que lutou com brilhantismo e hoje vê sua obra com elevada e justa satisfação. A família, sempre amada, a sua riqueza maior. O trabalho, um caminho para atingir metas nunca sonhadas, mas, trilhado a qualquer dia e a qualquer hora com plena capacidade para frutificar dadivosamente. Ainda agora turbinado pelos filhos e pela querida Teresa, uma grande companheira de todos os momentos. Uma força a respaldar as ações do maridão: ele clicando bastante e atrás do balcão a Teresa e filhos. Essa, a receita do sucesso! Uma família que trabalha unida e enriquecida com a presença da nora Roberta (a esposa do Renato). “É como nossa filha”, diz o nosso homenageado que, com quase sessentinha, ainda corre 15 Km brincando e a barriga (tipo tanque de roupa) simboliza a performance física: men sana in corpore sano.
O Mário, é salutar destacar, sempre cuidadoso e aplicado na profissão, mostrou sua força, determinação e garra também na pista de atletismo. Ao redor do campo da AFE ou pelas ruas de Araraquara, Mário Takatsui foi um grande e querido atleta de Araraquara. Soube honrar a camiseta azul e branca da CCE – Comissão Central de Esportes. Uma seriedade estampada ao vencer os temidos 400 metros ou 13 ou 20 mil metros em Jogos Regionais ou Jogos Abertos do Interior. Mário Takatsui dos 800 ou 1.500, Mário o profissional e amigo, Mário uma legenda viva da fotografia e do acompanhamento tecnológico. Mário, um cidadão de primeira categoria que merece ser conhecido um pouco mais nesta homenagem inserida pelo J.A… o espaço lhe pertence e a gente vai ler a sua história com justificada ansiedade:
“Eu sou filho de Kunico e Tokuo Takatsui que vieram do Japão antes da II Guerra Mundial e se conheceram aqui no Brasil. Eu nasci no dia 3 de abril de na cidade de Ibitinga (Fazenda Vamicanca), à beira do Rio Tietê. Meus pais eram lavradores, plantavam algodão. Sou o filho mais velho, depois vêm o Kiyoshi e o Saolo.
Após algum tempo, meus pais foram morar em Votuporanga. Estudei na fazenda e posteriormente meus pais me mandaram para a cidade tendo em vista concluir o antigo grupo escolar. Era um curso mais completo. No ano de 1958 meus pais vieram morar em Araraquara, onde foi aberta uma loja de foto (onde hoje é o Restaurante do Mariotini). Durante um ano meu pai aprendeu com meu tio a trabalhar com fotos.
Nova escola
Nessa altura eu estava com 13 anos e comecei a estudar no antigo Colégio São Bento (hoje, Uniara). Dos três filhos do meu pai, só eu aprendi a lidar com fotos. Sempre trabalhei com meu pai e enfrentamos várias transformações na profissão. Antes, eram só fotos preto e branco, depois vieram as coloridas e agora as digitais.
O coração
bateu forte
Conheci minha esposa Teresa Sinzato no Baile da Nipo, casamos no dia 8 de julho de 1972 na Igreja de Nossa Senhora das Graças (Vila Ferroviária). Dessa união tivemos três filhos: Márcio, Renato e Fabiana.
Todos os filhos são formados, os dois homens trabalham comigo na loja e a mulher é cirurgiã-dentista.
O sabor da
realização
Eu me sinto uma pessoa realizada, mas para mim tudo o que aconteceu na minha vida foi uma agradável surpresa. Eu nunca imaginei que chegaria aonde eu cheguei. Nasci na roça e passei a minha infância lá. Eu não posso me queixar da vida, cheguei no lugar que eu jamais pensei. Afinal, uma pessoa vir da roça, chegar na cidade com uma mão na frente e outra atrás e, dessa maneira, conseguir tudo isso, é uma vitória, é para agradecer mesmo! Todos os filhos formados, pudemos dar mais e isso também é valioso para nossa satisfação.
Felicidade
Na minha profissão eu me sinto super realizado, consegui fazer uma coisa que eu nunca esperava: consegui comprar equipamentos digitais de ultima geração. Isso nunca havia passado por minha cabeça, mas, consegui.
Então eu me considero um vencedor porque na época não existia laboratório digital em Araraquara. Quando adquiri esse laboratório digital o pessoal falava que eu estava ficando louco. Eles falavam que a foto digital ia demorar uns cinco anos pra pegar. Não foi assim… um ano e todo mundo já falava em foto digital.
Gratidão
A homenagem é pessoal, mas, quero aproveitar para agradecer a todos que me prestigiaram nessa caminhada profissional. A nossa loja é querida e isso me deixa feliz também. As emoções divido com minha família. Obrigado!
