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(Editorial) Reformando Araraquara, uma vida de cada vez

É impossível reformar o mundo de uma só vez — mas é plenamente possível transformar a realidade de quem está perto de nós. E quando falamos em transformação, não podemos deixar de olhar com atenção e urgência para a Causa Animal.

Basta abrir as redes sociais, especialmente durante feriados prolongados, como foi o caso desta semana, para perceber a enorme quantidade de animais abandonados nas ruas de Araraquara. São dezenas de postagens de pessoas pedindo ajuda para cães e gatos em situação de risco. Mas quem pode ajudar? Os mesmos protetores de sempre?

Conversamos com duas dessas protetoras: uma estava em crise de choro, e a outra relatou dores intensas pelo corpo, resultado do estresse e da sobrecarga emocional e física. Elas estão esgotadas. E não é difícil entender por quê.

Como ajudar?

Muitas pessoas que já tiveram um pet dizem que, após a morte do animal, não querem mais adotar, por medo da dor da separação. Essa dor é legítima. Mas pense bem: ao adotar um novo bichinho, você não substitui o que partiu, mas dá um novo sentido ao amor que viveu — e, ao mesmo tempo, salva uma vida.

A proposta aqui não é comprar animais. Pelo contrário: é adotar. Não importa a raça, e sim o gesto de acolhimento e compaixão. Um animal resgatado devolve esse carinho com o tipo de gratidão que não se mede.
Adotar não é simplesmente deixá-los no quintal. É incluir o animal na rotina da família, é garantir companhia, afeto e bem-estar.

Se adotar não é possível no momento, há outras formas de colaborar: custeando lares temporários, medicamentos, atendimentos veterinários, castrações, vacinas ou alimentos. Qualquer ajuda faz a diferença.

E os políticos?

Em Araraquara, muitos candidatos já se elegeram dizendo defender a causa animal. Mas, uma vez eleitos, desaparecem. A população está mais atenta e não deve mais aceitar promessas vazias. Afinal, quem não respeita um animal, dificilmente respeitará o ser humano.

Vamos ajudar?

O apelo é simples: vamos dividir a carga dos protetores e dar um lar a quem só conhece o abandono. Araraquara precisa dessa corrente de amor, respeito e responsabilidade.
A cidade — e os animais — agradecem.

Foto Ilustrativa Freepik

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