A Câmara Municipal de Araraquara votou na terça-feira (3) o aumento no dissídio dos senhores parlamentares para R$ 11,7 mil em 2025. A população, de maneira geral, através de conversas entre amigos e nas redes sociais, manifestou sua insatisfação. “Como assim, em apenas 9 segundos, deram por encerrada a posição dos vereadores a favor do aumento? Vergonhoso!”.
Entre os servidores municipais, que receberam um aumento muito modesto, a indignação é ainda maior, e comentam: o salário-mínimo no Brasil é de R$ 1.320.
O aumento será progressivo, a partir de 2025, na próxima legislatura, cuja eleição ocorrerá em 2024. O argumento apresentado pelos vereadores que votaram a favor do aumento é que o subsídio estava defasado. Entretanto, se é subsídio, não se trata de salário, mas de uma espécie de ajuda de custo. Aliás, os políticos no Brasil precisam parar de considerar a política como uma profissão.
A política não é uma profissão, especialmente porque o resultado do trabalho do político, muitas vezes, depende do esforço de diversos secretários e assessores que trabalham em seu nome.
No passado, os vereadores não recebiam remuneração e nem contavam com servidores à sua disposição. Aqueles que se envolviam na política se candidatavam e trabalhavam por sua cidade por puro prazer e idealismo em servir a população de seu município. Atualmente, os políticos têm acesso a todas as regalias possíveis e, se derem oportunidade, buscam ainda mais benefícios.
Diferentemente do que acontecia no passado, hoje a população não possui o mesmo nível de respeito pelas figuras políticas. Pelo contrário, o termo “político” passou a ter uma conotação negativa.
Chegou a hora de repensar e acabar com o “emprego na política”.
O país precisa amadurecer urgentemente e tomar medidas voltadas para o benefício da população. Os políticos precisam entender que esse dinheiro provém do bolso da população, através dos impostos, que são muitos e elevados. Começando por repensar e criar mudanças nesse tipo de pensamento, o Brasil poderá se tornar um país melhor.
