(Editorial) Novo normal aos jovens

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Após a abertura das escolas, o retorno implementado lentamente tem se tornado o novo “normal”, na medida em que as famílias sentem uma maior segurança para darem liberdade a seus filhos. Antes disso, o completo isolamento já pôde ser quebrado. Contudo, estigmas dessa dessocialização permanecerão por tempo indeterminado. E já são sentidos: seja em possível depressão entre os jovens, seja no atraso na educação.
Muitas crianças ficaram com alguma defasagem em seus estudos. Antigamente, crianças entre 6 e 10 anos sem acesso à educação eram exceção. Entretanto, hoje, isso mudou. O representante do UNICEF no Brasil, Florence Bauer, relata – no “site” da instituição – como essa defasagem irá repercutir negativamente por toda uma geração. Igualmente, crianças e jovens têm sofrido com isolamento prolongado, mostrando mudanças de humor e/ou tristeza.
Apesar dos efeitos persistentes da pandemia, uma perspectiva mais otimista para os anos seguintes é algo que temos que fazer florescer em nossa mente. Escolas adaptam-se na melhor maneira possível para evitar prejuízos maiores. Hoje, já iniciaram atividades com o intuito de socializar seus estudantes e reconstruir essa fase da vida dos menores. São esforços para construção de um novo normal possível e seguro. Ou seja, permitindo e estimulando troca pessoal entre crianças e adolescentes, sem perder de vista a pandemia que nos cerca de alguma forma.
Poderíamos simplesmente voltar ao nosso dia a dia, como era em meados de 2019? Não, infelizmente, esses tempos não deverão retornar tão imediatamente. Mas isso não impede que criemos eventos e práticas condizentes com nossa nova realidade.
“Drive thru” está sendo feito como uma forma de criar ambientes, onde haja interação entre estudantes, sem o risco de aglomeração. O evento beneficente sediado no colégio Progresso no sábado (dia 23) é exemplo. Pais de alunos passavam com seus filhos dentro do colégio e, somente através da janela, as crianças brincavam nas “barraquinhas” criadas. (Leia mais em matéria, pág. 09)
Por mais incerto que o futuro possa ainda parecer, a melhor resposta é manter um olhar otimista. Novas ideias irão sempre surgir, soluções serão encontradas. Essa tentativa de leveza – no meio de dor, doença, perdas e isolamento – é a melhor solução aos jovens que sofrem com a pandemia. Soa como uma maneira de trazê-los à realidade, mas com carinho e atenção, minorando riscos preocupantes de depressão.

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