Dezembro sempre foi marcado pela magia do Natal, que exerce um encanto especial sobre as pessoas. O espírito de confraternização e empatia típico do final do ano nos motiva a tentar ser melhores hoje do que fomos ontem.
Mas muita coisa mudou. Já não se veem tantos enfeites pelas ruas e no comércio da cidade. Foi-se o tempo em que famílias inteiras saíam, nos dias que antecediam a noite de Natal, para admirar vitrines e residências decoradas com temas natalinos.
ÉPOCAS SAUDOSAS
Nas décadas de 1960 e 1970, Araraquara oferecia duas atrações imperdíveis que encantavam famílias e crianças. Uma delas era o presépio montado sob a marquise da então Casa Barbieri, localizada na esquina da Rua Nove de Julho com a Avenida Duque de Caxias. A outra era o belíssimo presépio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Ambos eram mágicos e visitas obrigatórias para os moradores da cidade.
Hoje, se não fosse pela dedicação da direção do Colégio Progresso, dezembro estaria ainda mais desencantado. Os enfeites natalinos do colégio se tornaram a principal atração da cidade.
Inaugurados na última segunda-feira (2), eles merecem a visita, pois o colégio se supera a cada ano.
Outro local que ainda mantém viva uma parte da magia natalina é a famosa Praça da Fonte Luminosa. Decorada com luzes e enfeites viabilizados pelo DAAE, a praça continua a encantar os moradores com sua beleza e tradição.
POR QUE ACABOU A MAGIA?
Hoje, apenas uma parte da população se lembra do verdadeiro significado do dia 25 de dezembro: o nascimento de Jesus. No passado, as famílias faziam todo o esforço para se reunir e trocar presentes. Agora, muitas mesas têm cadeiras vazias.
Seria por falta de amizade? Cumplicidade? Ou talvez pelo distanciamento entre as pessoas, causado por rancores ou outros conflitos?
Os desamores que permeiam o mundo atual contribuem para o afastamento familiar, um núcleo essencial para o bem-estar e o desenvolvimento do ser humano. Uma conversa sincera com amigos ou familiares pode se tornar esse cenário tumultuado algo mais tolerável. E talvez, por meio dessas pequenas ações, possamos resgatar a antiga e acolhedora magia do Natal.