A sensação de insegurança tem se intensificado entre os moradores de Araraquara. Já pressionados pela presença crescente de pessoas em situação de rua ocupando espaços públicos como praças, calçadas e marquises; os araraquarenses enfrentam agora um novo nível de apreensão: o recente caso, amplamente divulgado tanto pelas redes sociais quanto pela notícia da Cidade On – inclusive, com vídeo do crime – de uma mulher atacada por sete homens enquanto transitava pela Avenida Brasil, no centro da cidade, foi um marco.
A agressão culminou com o roubo de sua motocicleta, e, embora o veículo tenha sido recuperado e os suspeitos
detidos, o episódio deixou marcas profundas na percepção de segurança da população.
A convivência com a vulnerabilidade social tornou-se um desafio ainda maior. Muitos questionam o aumento de pessoas “sem teto” na cidade, um fenômeno que parece ter se acentuado com a chegada das festas de fim de ano. A solução para o problema demanda ações articuladas: identificação dessas pessoas, verificação de sua origem e, quando possível, auxílio para que retornem às suas cidades de origem. Ao mesmo tempo, é fundamental oferecer suporte para aqueles que desejam reconstruir suas vidas localmente.
O direito de ir e vir seja garantido pela Constituição, é imprescindível que cada município assuma a responsabilidade de cuidar de seus cidadãos, evitando que o ônus recaia apenas sobre determinadas localidades. Programas de ajuda e uma análise do problema para melhor assistir essas pessoas em estado de vulnerabilidade é de suma importância.
Os desafios para a nova administração municipal são claros e urgentes. É preciso garantir segurança pública e implementar políticas sociais eficazes para evitar que episódios como os recentes agravem ainda mais o clima de medo. Que 2025 traga não apenas desafios, mas também soluções à altura das necessidades de Araraquara.