(Editorial) Afastamentos por Covid

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Movimento na Upa da Vila Xavier

A variante da Covid-19, Omicrôn, e a gripe H3N2, influenza, continuam no foco do debate nacional. Ambas as doenças são altamente contagiosas, mas não tão letais. Ao menos, relativamente aos vacinados, no caso da Ômicron. Mesmo assim, sua taxa de transmissão é tão alta que, em números absolutos, podemos ter crescimento de internações, também, em UTI e morte.

Consequência forte da alta taxa de transmissibilidade, também, é o grande número de profissionais (das mais diversas áreas) afastados. Comércios, mercados, transportes coletivos, farmácias, todos sofrendo. A saúde, mesma coisa: enfermeiros e médicos acabam por relatar a falta de pessoal em função dos afastamentos. Profissionais da linha de frente contra o Covid estão exaustos e sobrecarregados.

Para o comércio, o tema é delicado: pois não pode demitir um empregado simplesmente por ele ter contraído uma doença (isso é óbvio e deve ser respeitado), mas, ao mesmo tempo, precisa manter seu negócio ativo.

Soluções para isso? O contrato temporário para um trabalho específico ou tempo limitado pode ser uma solução. O empregador que tem caixa para essa contratação pode resolver o problema com facilidade, mas e os pequenos que não possuem condições financeiras? Bem difícil.

Para sabermos a situação de Araraquara, no comércio, consultamos, via telefone, Sindicato do Comércio Varejista; Sincomerciários (empregados do comércio); Prefeitura e ACIA (Associação Comercial e Industrial de Araraquara). Dentre todos consultados, a ACIA informou que eles próprios estão com dois funcionários afastados. Os outros contatados não possuem estatística do número de funcionários que estão em quarentena, no comércio e indústria. Faz falta essa informação.

A perda de mão de obra por afastamentos gerará, com certeza, muitos problemas, além de paralisação de serviços (viram quantos voos estão sendo cancelados diariamente?) e (mais) sobrecarga de trabalho àqueles que persistem atuando. Haverá, possivelmente, uso de eventual “jeitinho”, como o de impor ao doente que permaneça em trabalho.

Esse “jeitinho”, certamente, será o pior dos mundos. Causará aumento ainda maior da Ômicron, colocando mais pessoas em risco de doença severa ou morte. A propósito, leiam o texto “Ômicron: pegar ou não?”, disponibilizado quinta-feira (13 de janeiro) em nosso site e redes sociais.

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