Não se pode rotular o prefeito Edinho Silva de acomodado, sem brilho e pouca criatividade. Ao contrário, é batalhador, sabe perseguir seus objetivos, tem estrutura familiar que permite luminosidade para delinear horizontes, é muito criativo e tem ferramentas modernas para, socialmente, envolver platéias. Passa para a maioria de seus eleitores a imagem de um agente político confiável e determinado. As incongruências (bravatas, como disse o presidente Lula) em âmbito nacional não devem ser anexadas ao prefeito, sob pena de se cometer injustiça com o cidadão Edinho que consegue projetar-se no mundo democrático mesmo sem ter nascido em berço de ouro. Um esforço descomunal e elogiável para quem teve que matar um “leão” por mês.
Nas últimas horas, o chefe do Executivo esteve com o deputado Dimas Ramalho no Palácio dos Bandeirantes para discutir com o governador Alckmin detalhes sobre a instalação definitiva e global da Inepar. Uma audiência da mais alta importância para a economia regional.
O prefeito araraquarense foi até à diretoria do Banco do Brasil para renegociar as dívidas da Ferroviária que, por sinal, anda tão mal das pernas que perde no gramado e no campo administrativo: deixou de contestar ações trabalhistas, nessa semana, e tudo o que foi imputado na peça vestibular (petição inicial) foi entendido como verdade absoluta. Condenada à revelia, o que representa dinheiro (que não tem) esvaindo-se pelo ralo da incúria.
Edinho deu, também, um pulinho até São Paulo para espanar a poeira sobre extensa área de terra, que há muitos anos está anexada ao seu patrimônio, a fim de fechar negócio com a Uniara.
Nesta semana (terça-feira, 13), banca o lançamento do clube-empresa: AFE S.A. com empresários-parceiros, no Melusa.
Isso tudo, sem se descurar da imagem política que obedece a estratégia minuciosamente planejada e executada com dedicação e inteligência para chegar à vitória na reeleição daqui a pouco mais de um ano.
Vento a favor: a outra facção político-partidária não tem fôlego para se organizar visando, com profissionalismo, o embate eletivo. Tem gente que acredita que ainda hoje – com público heterogêneo e comunicação parcial – basta dizer sim, aceitar uma candidatura e, pelos lindos olhos, história de vida ou jogadas assentadas em poucos pilares carismáticos, milhares de eleitores fazem fila para digitar o seu número na urna eletrônica e carregá-lo ao sexto andar do Paço Municipal.
Edinho, enquanto vereador, soube se promover e teve equipe e caldo para multiplicar votos na disputa pelo Executivo. Pode ser criticado por alguma técnica populista, com apoio de parte da imprensa. Mas, isso é apenas um detalhe. Edinho hoje, como prefeito, mostra-se forte e maduro para receber confiança de outras camadas do eleitorado.
Certamente, comete falhas que devem merecer críticas pontuais. Mas, sem dúvida, tem sabido circular, com desenvoltura, pelo cargo conseguido com persistência e etapas vencidas com pinceladas de mestre.