Dr. MARTINHO. DR. FARID. MUITO OBRIGADO

Faz exatamente um ano em que, submetido a delicada cirurgia, onde estive às voltas com todas aquelas elucubrações acerca da importância da vida e da certeza da morte que nesses momentos nos acodem, tive, ao lado de todas as preocupações e temores, o privilégio de ter ao meu lado, afora toda uma plêiade de profissionais da Enfermagem desse hospital modelo da nossa urbe que é o Hospital São Paulo, os quais deixo de declinar os nomes pois que, fruto do esquecimento, poderia cometer alguma injustiça, duas exponenciais figuras representativas da medicina da nossa cidade, as quais, colocando em prática seus valiosos conhecimentos e incomum perícia, me devolveram o bem precioso da vida. Essas figuras, Dr. Martinho Rolfsen Velloce e Dr. Farid J. Abi Rached, desde o momento em que fui acometido dos primeiros sintomas do mal que me envolvia, como duas atentas e solícitas sentinelas se postaram ao meu lado, me prestando, não só os valiosos procedimentos da sua área, mas, também e principalmente, emprestando ao quadro, o desvelo e o carinho desmesurado que um paciente naquelas situações necessita. Sim, pois todos nós, simples mortais que somos, sabemos que, em tais circunstâncias, ao lado dos procedimentos médico-cirúrgicos de praxe, são também absolutamente necessários a atenção, o alento e o conforto da palavra amiga. E isso não faltou nesses dois profissionais. Atenciosos ao extremo, nunca deixaram o desânimo sobre mim se abater, estimulando minhas reações positivas, meu ânimo, minha fé, sempre lançando mão dos explicativos técnicos e profissionais que me tranqüilizavam e onde não faltou nunca, inclusive, o beneplácito do bom-humor, na tentativa de levantar o meu moral. E aí reside o diferencial. Sabemos serem essenciais nesses momentos, tanto o conhecimento quanto a técnica. Sabemos, todavia, que esse conhecimento e essa técnica, quando aplicados com sentimento, com desprendimento, tornam o tratamento muito mais eficaz, porque muito mais humano. Estando do lado oposto, como pacientes, esperamos sempre e afoitos a tábua de salvação da medicina e se esta vier pelas mãos de profissionais que vêem em nós não só mais um caso da medicina a ser resolvido, mas que ali está um ser humano carente, fragilizado e se esses profissionais forem capazes de aliar ao seu conhecimento a mão amiga, a palavra que conforta, o alento que nos anima, tudo se torna mais fácil e os resultados tendem a ser altamente positivos. E foi nesse o caso. Minuto a minuto, hora após hora, dia após dia, esses dois profissionais estiveram ao meu lado, atentos, vigilantes e, principalmente, amigos. E são essas atitudes que nos motivam, nos emocionam, que nos fazem, muito embora todo o materialismo que norteia esse nosso mundo dito moderno, acreditar na humanidade. Existe sim a doação. Existe sim o desprendimento, existe sim, ao lado dessa indiferença e arrogância que campeia e permeia as relações do cotidiano, lugar para o devotamento profissional, para a abnegação, para o sacrifício pessoal. Existe sim e ainda nos homens, um lugar reservado para o altruísmo e onde arde, viva, a centelha da dação espontânea e despretenciosa. Por tudo isso, obrigado. Muito obrigado Dr. Martinho. Muito obrigado Dr. Farid. São figuras como vocês que fazem com que Deus não perca a esperança nos homens.

Teófilo de Oliveira e Silva

Agosto de 2006.

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