A araraquarense Dorides Alonso Perosso, médica reumatologista e diretora clínica da Beneficência Portuguesa
desde abril de 2001, foi indicada por Sarah Coelho Silva para destaque em Gente nesta edição. Confira a entrevista:
JA – Como se sente sendo membro diretoria da Beneficência Portuguesa?
DAP – Meu vínculo com a Beneficência Portuguesa é muito antigo, influenciado pelo meu tio Dr. Alonso, com quem convivi intensamente e que prestou serviços a este hospital durante mais de 30 anos como médico e também diretor clínico. Minha satisfação é grande, por contar com profissionais competentes em nosso quadro clínico e também por termos apoio da dinâmica diretoria da Beneficência Portuguesa.
JA – De que maneira avalia a reforma do hospital e quais são os benefícios aos pacientes?
DAP – Todos os hospitais de Araraquara passaram por reformas e continuam se modernizando para ajustarem-se aos tempos atuais. A Beneficência Portuguesa, graças aos esforços da atual diretoria, mudou de cara. Quem entra no hospital não o reconhece mais. Atualmente é um hospital moderno, arejado, fornecendo conforto e bom atendimento aos seus conveniados e à população de Araraquara.
JA – O que diria aos que já possuem plano de saúde?
DAP – A medicina se socializou. Atualmente é muito importante ter um plano de saúde, pois assim nos sentimos mais seguros. Cada pessoa deve procurar o plano que mais lhe convém e onde possa se sentir mais seguro.
JA – A medicina preventiva é a busca pela qualidade de vida?
DAP – Sim. A medicina preventiva começa com a higiene corporal, que já era praticada desde tempos remotos pelos hebreus, que a praticavam e a ofereciam aos seus hóspedes. Os antigos egípcios alcançaram um alto grau de progresso com a limpeza de habitações, exame de animais para abate, banhos, corte de cabelo (3 em 3 dias), uso de roupas brancas, água fervida ou filtrada, toalhas brancas de linho para recém-nascido. Na lei bíblica, os conceitos religiosos e higiênicos aproximam-se um do outro, misturando a pureza moral com a física. Atualmente, utilizamos, além dos banhos, substâncias bactericidas e bacteriosticas, movimentação articular, alimentação corporal, mental e moral.
JA – A senhora fez plano de carreira ou tudo foi simplesmente acontecendo?
DAP – A maior parte do planejamento não deu certo. O restante foi Deus quem conduziu, acertando cada coisa a seu tempo.
JA – Dizem que o mundo, hoje, é das mulheres. Será mesmo?
DAP – Quando a disputa é a cabeça (intelectual) não faz diferença, sendo muitas vezes superior ao homem. Quando é o físico (corpo), as coisas mudam um pouco. Há certos setores em que as mulheres não podem competir com os homens.
JA – As crianças dessa época sofrem de reumatismo?
DAP – Na infância, a doença começa provocada, principalmente, por bactérias que são transmitidas e que teriam que ser controladas através de exames periódicos feitos em crianças e adolescentes.
JA – Como prevenir e orientar as mães?
DAP- Levando os filhos ao médico periodicamente, administrando as medicações nos horários certos e não os deixar alimentarem-se de produtos não permitidos.
JA – Fala-se em vender o número exato de comprimidos.
DAP – No Canadá, isso funciona muito bem. Os remédios chegam em grandes frascos nas farmácias, onde quem trabalha é o profissional formado no curso de Farmácia. Daí, os comprimidos são fracionados conforme a receita médica. No Brasil, hoje, isto talvez possa ser viável graças à luta dos Conselhos Regionais de Farmácia, que conseguiram que em cada farmácia passasse a existir um farmacêutico responsável.
JA – Mensagem
DAP – Resume-se em uma frase óbvia: “Quem tiver verdadeiros amigos nunca se sentirá só, não sofrerá de solidão. Portanto, cultive boas amizades, faça delas um investimento para sua velhice.