Dirce Barboza Motta, proprietária da Banca Motta, é uma mulher que consegue abraçar o trabalho, sem deixar de proteger a família com seu calor, atenção e carinho.
Dedicada e sincera aos seus sentimentos, foi indicada por Sarah Coelho Silva para o destaque em Gente.
JA – Como se envolveu com a banca de revista?
DBM – Era um sonho do meu marido. Ele sempre teve muito prazer pela leitura e incentivou toda a família a ler.
JA – Então possui uma família de leitores.
DBM – Meu marido sempre ressaltou aos meus filhos a importância e necessidade de estar bem informado, adquirir cultura e conhecimentos. Todos sabem que conseguimos isso através da leitura de jornais, revistas e bons livros.
JA – E suas netinhas? Elas estão despertando para esse universo?
DBM – Sim. Mesmo não sabendo ler, solicitam livros e revistas.
JA – Conte-nos como é o processo de abertura do ponto.
DBM – Temos que solicitar o ponto à Prefeitura, para verificação se não há uma banca a menos de 100 metros, e dar uma caução à distribuidora de revistas e jornais.
JA – E a reposição, como é feita?
DBM – Conforme a periodicidade das revistas. Algumas são semanais, outras quinzenais e outras mensais. Há um dia específico para a retirada junto à distribuidora.
JA – E as revistas que não têm grande saída?
DBM – Inicialmente, a distribuidora remeterá para a banca um número X de exemplares, e observará a saída das revistas. Caso não haja a venda estimada, passará a enviar quantidade menor. Quando ocorre o contrário, solicitamos o envio de uma quantidade maior das revistas de grande demanda.
JA – Como é constituída sua clientela?
DBM – Formada na maioria por mulheres. Elas procuram revistas que falam sobre cuidados com o corpo, saúde, espiritualidade, moda e atualidades.
JA – E as crianças?
DBM – As menores estão à procura de revistas para pintura ou CDs de desenhos animados e games. Muitas, em idade escolar, procuram revistas para trabalhos.
JA – Qual é a sua receita para uma vida saudável?
DBM -Ser controlada. Realizo caminhadas todos os dias, converso com minhas amigas, leio e creio que participar em trabalhos sociais e ajudar pessoas so fortes fatores para me deixar feliz. É muito bom saber que mesmo com pequenas ajudas, fazemos outras pessoas se sentirem melhores.
JA – Gosta de música?
DBM – Muito, principalmente as orquestradas. Acho muito estranho ficar sem ouvir música. Elas alegram o coração, distraem o pensamento e nos trazem boas recordações. Lembro-me da boa época de minha juventude, quando ia aos bailes e tudo era muito simples e divertido.
JA – E de dançar?
DBM – Sim. Quando danço é um momento de puro relaxamento e prazer.
JA – Considera que as pessoas estão fumando e bebendo mais?
DBM – Principalmente os jovens, que estão em busca de novidades, da aceitação do grupo… É lamentável encontrar jovens viciados em álcool, e cada vez mais cedo. Jovens cheios de vida desperdiçando um grande potencial que poderia ser utilizado em seus estudos.
JA – Frente a essa realidade, qual a sua expectativa para o futuro de suas netas?
DBM – Converso muito com elas, passando tudo aquilo que aprendi durante minha vida e o que precisam saber desde cedo. Assim posso ajudá-las a viver nesse mundo desencontrado e contraditório, permitindo que tomem decisões acertadas. Espero que sigam a palavra de Deus, que possam estudar, escolher uma profissão que lhes dê prazer. Enfim, espero que sejam muito felizes. Isso me trará felicidade.
JA – Mensagem.
DBM – Leio freqüentemente na Bíblia para me encorajar e não perder a esperança que um dia tudo será melhor: “Paz na terra aos homens de boa vontade. E enxugará dos olhos, toda lágrima e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram” (Revelação 21: 3-4). Essa é a vontade de Deus, que o homem viva sempre em perfeita união e harmonia. É maravilhoso ter onde buscarmos esperança.