"Ó DEUS, que te fizeste criança para que, na tua fragilidade, melhor te amássemos e mais facilmente pudéssemos adorar a tua onipotência. Abençoa todas as famílias reunidas, em espírito de humanidade e alegria, ao redor da mesa festiva desta ceia natalícia e faze descer, sobre o mundo inteiro, a luz da PAZ, aquela que, nesta noite santa, os anjos prometeram às pessoas de boa vontade: Glória a DEUS no mais alto dos céus, e, na terra, PAZ aos que são do teu agrado".
Bom dia. Todos já estão acostumados! Chega o final do ano, sempre é escolhido o melhor disso, o melhor daquilo, personalidades e mais personalidades. Algumas possuem realmente valor para tal honraria, outras nem tanto. Mas assim é feito há muitos e muitos anos, aqui em Araraquara, em São Paulo, no Brasil e no Mundo. De uns tempos a esta data, estou afeita às coisas da Comunicação, por força de meus estudos acadêmicos. Publicidade e Propaganda fazem parte da Comunicação. Como não poderia deixar de ser, todos os anos é escolhido o publicitário do ano. Aí é que eu não entendi nada. O mercado publicitário, decididamente, não se entende. Segundo o jornal Propaganda e Marketing, o profissional do ano é Renato Lóes, presidente da Leo Burnet. Muito bem. Parabéns a ele, competente profissional. Já a revista Isto É, em uma de suas edições de novembro, elegeu Eduardo Fischer, da Fischer América. Parabéns também… outro grande expoente da propaganda. O prêmio Caboré, o Oscar da publicidade, concedeu a honraria a Roberto Justus, do grupo Newcomm.
Parabéns, outra vez! Apesar de que seria mais "justus" se ele ganhasse o prêmio de publicitário mais bonito do Brasil. Já, a Associação Brasileira de Propaganda elegeu Nizan Guanaes como o melhor publicitário de 2006. Parabéns… outra vez? Pergunto: AFINAL. QUEM É O PUBLICITÁRIO DO ANO?
Bem, para mim, o melhor do ano nasce amanhã… É NATAL. Muitos são os poemas que poderíamos publicar nessa data. Mas, se me permitem, gostaria de deixar como mensagem um conto de Natal de Bernardo Rodrigues.
Notem que o redator do texto tem apenas 9 anos. O texto sairá na íntegra, portanto sem as devidas correções gramaticais.
Querido Papai Noel,
"Desculpa eu escrever tão devagar é que eu tenho nove anos mas ainda não sei escrever dereito nem meu nome que é muito complicado. Você sabe como é que é aqui agente não temos escola pra todo mundo e fica todo mundo quinem eu. Eu sei que o senhor tem muita carta pra ler e que todo mundo escreve carta pro senhor aí eu resolvi escrever de uma vez pro senhor não ter desculpa depois que tá muito ocupado quinem meu pai todo ano fala. Mais eu queria era fazer essa carta pra falar com o senhor o que eu quero ganhar de Natal.
Se não for muinto defício pro senhor eu queria quatro presentes deferentes. O primeiro é um papagaio. Uma vez falei com meu pai que queria um papagaio e ele me deu um, só que o que ele me deu era de papel igual pipa. Eu quero é um daquele verde que paresse uma maritaca e fala um monte de coisa. O Esquerdinha amigo meu ele faz muinta coisa errada mais é do bem e é bom de bola. Aí ele falou que eu não poço ganhar papagaio porque eu sou gago esqueci de falar isso com o senhor mas ele falou que eu sou gago e que gago não pode ter papagaio sinão o papagaio gageja tamém. Eu acho bobice do Esquerdinha porque o papagaio custa caro e deve ter estudado em escola particula e menino de escola particula não gageja. E si ele vier com defeito aí eu peço pra trocar. Mais como o senhor é que vai trazer eu confio no senhor. O senhor já ta velhinho mas é de confiança deferente dos político daqui. Intão eu queria ganhar um papagaio e uma chutera nova. Agora a chutera eu queria o pé direito número 34 e o esquerdo numero 30 porque eu quero devidir com o Esquerdinha meu amigo porque ele não tem chutera e ainda joga bem pra caramba. Ele chuta de perna isquerda aí pode ser assim. Um papagaio uma chutera e uma caminonete. Eu quiria dar uma caminonete pra minha mãe pra ela poder carrega as roupa que ela lava sem fica com do nas costa. Minha mãe tem pobrema sério de coluna aí eu queria mesmo é que ela sarace mas eu sei que o sinhor não é médico nem pai de santo e que o probrema da minha mãe é sério. Mas a caminonete eu acho que ajuda ela um pouco. O outro presente eu queria sarar da minha gagera. Eu vi na televisão que tem um médico que sara gago. Eu queria ganhar um médico desse de presente. Não cei se o senhor dá médico de presenti mas acho que pode ser um presente ispessial. Nem precisa imbruia porque senão o médico morre esfiquiciado quinem o policial falou de um cachorro quando mataram ele. Eu quero sarar da gagera pra todo mundo parar de rir de mim e o papagaio não ficar gago mas eu acho que não tem nada a ver é coisa do Esquerdinha que ta com inveja eu acho. E também eu poço falar bonito pra minha professora gostar de mim. Ela é nova e é bonita pra caramba e eu queria cazar com ela pra ela poder me insenar a escrever dereito e mas depressa.
Obrigado pela atensão espero que o senhor esteje bem sua mãe e seus parente. Manda um abraço pros viadinho que carrega sua carroça. Um ispecial praquele que ta gripado. Ele já sarou?
Um abraço.
Maicojiéquisso dos Santos"
Com a simplicidade da cartinha do "Maicojiéquisso", gostaria que o amigo leitor repensasse a situação do alfabetizado brasileiro.
Desejo um Feliz e Santo Natal a todos e, em especial, àqueles que me são mais próximos: Pedro, Carlos, Marlene, Cau, Juca, Fabi, Maga, Lalá, Sinésio e seu filho "Juvenal" que na verdade é o Heitor, João e seu pai Caixeta, Elenir, Andréia, Polezzi, Marilena, Cris, Sérgio Speranza, Leila e as crianças. Eu não mencionei você? Não tem problema. Feliz Natal para você também.
"Não podemos voltar atrás e fazer um novo começo, mas podemos recomeçar e fazer um novo final".
Até a próxima semana – celp@terra.com.br
Profª Terezinha Bellote Chaman
