A aluna do Projeto Doce Flauta Doce da Uniara, Daniele Pereira de Moraes, com apenas onze anos já ministra aulas de flauta para uma turma de 17 alunos. Daniele entrou para o Projeto quando tinha oito anos e estudava na EEPG Antonio Lourenço Correa, em Araraquara, onde a monitora Inês Cândida de Moraes Melo ministrava aulas de flauta.
Dona Inês sente-se lisongeada em ter dado início à carreira de tão promissora flautista, e conta que Daniele se destacou tão logo começou a tocar. “A Daniele é uma menina excepcional e, além de ser naturalmente talentosa, ainda conta com uma grande assistência do pai, que é interessado por música, o que a fez crescer tão rapidamente. Só tenho elogios para ela”, afirma.
Com apenas três meses de participação no Projeto, Daniele já tocava a música “Aquarela”, de Toquinho, e a introdução de “Asa Branca”. Nesse período, despertou a atenção do pai, José Flausino Pereira de Moraes, pela grande facilidade que tinha em aprender novas canções. Foi quando, com a orientação de amigos músicos, Moraes realizou alguns testes e detectou que Daniele possui uma habilidade conhecida por “ouvido absoluto”, isto é, a facilidade em detectar notas musicais, ler partituras e registrar os intervalos de músicas.
Conhecimento
No final daquele ano, Daniele passou a ter aulas com a monitora do Projeto Doce Flauta Doce Carina Fabrício de Andrade, que ensina um nível mais avançado no toque de flauta, com quem tem aulas até hoje. Durante os três anos seguintes, Daniele se apresentou em diversos eventos, inclusive junto com o pai, que a acompanha com o violão, com quem tem um repertório de mais de noventa músicas.
Entre os principais eventos dos quais a flautista participou, destacam-se o Festival de Novos Talentos do Sesi, em 2002, quando ficou com o primeiro lugar na categoria música e em terceiro lugar entre todas as modalidades apresentadas, e a peça de teatro “De volta à casa da ponte”, encenada pelo grupo de terceira idade Antes Arte do que Tarde, de Araraquara, na qual Daniele representava a escritora Cora Coralina quando criança, tocando flauta durante a apresentação. A peça foi vista em dez cidades da região.
No começo deste ano, Daniele assumiu uma turma de dezessete alunos do Projeto Doce Flauta Doce, para a qual ministra aulas de iniciação em flauta, durante uma hora semanal, na Igreja São Dimas, no Jardim Martinez.
Mas Daniele está apenas começando: pretende muito em breve aprender a tocar outros instrumentos de sopro, como clarinete e saxofone, além de piano, violão, entre outros. “Quando toco, me sinto bem, realizada”, afirma a garota.