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Descarte da construção exige um processamento

Vereador Chediek propõe produção de blocos, pisos, bancos e resolver a questão ambiental

A construção civil gera diariamente em Araraquara 450 toneladas de entulho. Isso representa uma perda em torno de 30% do material comprado para as construções ou reformas, seja pela baixa qualificação da mão de obra que o maneja, seja pelo péssimo planejamento das obras e até pela baixa qualidade do material. Os dados são da Gerência de Resíduos Sólidos do Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Araraquara (DAAE). O gerente, Agamenon Brunetti Júnior, acredita que há ainda outra quantidade criminosamente despejada em locais irregulares, como terrenos e margens de córregos.

O vereador Elias Chediek, em São Carlos, visitou a Fábrica de Artefatos de Cimentos inaugurada em 2004 e que hoje recebe 300 toneladas diárias de descarte da construção. Desses, 40% são aproveitados para produção de blocos para construção de residências, piso para rampas de acessibilidade urbana, bancos e diversos desenhos de pisos para praças públicas, guias para calçadas, piso ecológico (pisograma), caixa de inspeção de esgoto e pisos intertravados.

Sustentável

No caso dos pisos produzidos, eles reduzem o impacto ambiental e geram menos ilhas de calor do que o pavimento de manta betuminosa (asfalto), além de permitir a infiltração de água.

Chediek esteve acompanhado do secretário Valter Rozatto, Agamenon Brunetti Júnior, do DAAE, além de representantes de moradores da Chácara Flora e do Parque Planalto. Eles foram recepcionados por Júlio César Alves Ferreira, arquiteto urbanista da PROHAB (Progresso e Habitação de São Carlos), empresa de economia mista que cuida da política habitacional do município.

Solução

Os visitantes foram em busca de propostas para aproveitamento do descarte da construção, a fim de resolver a questão ambiental e ainda promover a geração de produtos para diversos setores.

A atenção de Araraquara passa para a diminuição de custos para pavimentar vias, no caso, especialmente para as regiões de chácaras.

Renda

Outro interesse é social, a geração de mão de obra e renda. No caso de São Carlos, os quatorze trabalhadores do setor de produção são reeducandos indultados do serviço prisional que recebem um salário mínimo em uma conta da família, além de um dia de remissão de suas penas para cada três trabalhados.

Qualidade

A produção da fábrica passa por aferição de resistência mecânica antes de ir ao mercado. O representante da PROHAB informou que a cidade de São Carlos produz diariamente 500 toneladas de descarte, sendo que a fábrica absorve 300 toneladas. As duzentas toneladas restantes são processadas por empresas privadas. O material que não serve para a produção da fábrica, como madeira, papel ou plástico são repassados para serviços de reciclagem. Portanto, a totalidade do material recebido é reciclado. E tudo dentro da resolução federal do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). (Chico de Assis, assessoria da CM)

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