Depois do caos, comece 2022 com o pé direito

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Neuropsicóloga Leninha Wagner

Para começar bem o novo ano, a neuropsicóloga Leninha Wagner alerta que alguns sintomas demandam a importância de cuidados médicos para superar tantas adversidades.

Violência, gripe, pandemia, economia… Vencer 2021 seguramente não foi uma tarefa fácil para os brasileiros. No entanto, ao mesmo tempo que a sociedade se enche de esperança para o ano que se inicia, o período que se encerrou no último não deixou as melhores impressões. Diante de quase dois anos isolados por conta do vírus, muita gente está sofrendo com a ansiedade, e isso pode ser algo bastante prejudicial para a saúde.
Segundo a neuropsicóloga Leninha Wagner, “a ansiedade é um sistema de alarme, um mecanismo de defesa natural do organismo. Nosso corpo tem um designer muito inteligente e vêm equipado com um aparelho perceptual que compõem os cinco sentidos. Como um radar de experiência sensorial que é ativado diante de uma possível ameaça ou perigo eminente.

Através da neuroquímica (adrenalina, cortisol, noradrenalina), disparamos uma resposta motora de planejamento e execução, luta ou fuga”.

Porém, a especialista alerta que esse sistema natural acionado sistematicamente e indevidamente pode ficar “ligado” desnecessariamente. “E isso vai gerar uma ansiedade exacerbada, portanto patológica. Problemas todos nós temos e teremos, é da vida”. Além disso, “o medo irracional, irreal provocado pela leitura errada do cenário, cria uma realidade paralela, fictícia, de tragédia constante. Trazendo como consequência crises de ansiedade, que irão desencadear Síndrome do Pânico, Fobias, TOC- transtorno obsessivo compulsivo, TAG- transtorno de ansiedade generalizada”.

Para saber se a ansiedade está fazendo mal para o organismo, Leninha cita alguns sintomas físicos que a pessoa pode sentir:

1- Palpitação
2- Taquicardia
3- Sudorese
4- Náusea
5- Calafrios
6- Dormência
7- Formigamento
8- Sensação de desmaio
9- Despersonalização, etc.

Para superar este momento difícil, a neuropsicóloga recomenda: “A experiência humana de vida real, é oscilante, cambiante, incerta. É necessário através destas experiências (positivas e negativas) desenvolver resiliência, resistência, perseverança, aumentando o repertório de ações que gerem adaptações às surpresas e “turbulências” nessa grande viagem chamada vida. Diante de doenças, desemprego, instabilidade emocional, perdas, lutos, inconstâncias… Nos sentimos perseguidos pela mão do destino, desamparados e sem recurso interno para gerenciar o ineditismo dos dias”.

Soma-se a isso uma questão essencial, revela a especialista: “É necessário urgentemente compreender que a vida dentro do seu ciclo natural, nos surpreende de forma agradável e desagradável. É importante entrar em contato com essas emoções negativas, porque elas contêm uma dimensão curativa. Somos seres vivos, fadados à finitude. Aproveitar as aberturas de janelas de aprendizado é o que de melhor podemos fazer para promover saúde mental. Sem saúde mental, não poderá haver saúde alguma. Se o sujeito se sentir despreparado para estes eventuais desafios, deve procurar por ajuda profissional”, completa. (Créditos – Foto: Divulgação / MF Press Global)

 

 

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