"Cultivar a alegria custa menos que a tristeza e traz melhores resultados".

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Bom dia. Que bom estar de volta ao convívio dos companheiros do JA e, principalmente, ao convívio do seleto público leitor deste semanário. Deveria ser um mês de férias, mas não foi. Foi um mês de estudos, de muitas viagens à Pontifícia Universidade Católica – PUC de São Paulo. Mas valeu a pena, depois de muito esforço fui aprovada e hoje sou a mais nova aluna do curso de Doutorado em Comunicação e Semiótica.

Logo que algumas pessoas souberam de minha aprovação, perguntaram: o que é Semiótica? Se me permitem, pois algumas leitores poderão ter a mesma curiosidade, explicarei resumidamente do que se trata.

CONCEITO DE SEMIÓTICA

A palavra semiótica vem do grego semiotiké e é traduzida como doutrina geral dos signos. No dicionário, também lá está: ciência geral dos signos. Então surge a pergunta: mas de que signos, especificamente, trata a Semiótica? Ora, de todos. Todos mesmo, porque inclui tudo aquilo que representa – ou significa – alguma coisa. Uma definição clássica, em latim, conceitua o signo como “aliquid etat pro aliquo” – ou seja, o signo é uma coisa que está para outra. Esse amplo conceito pode incluir desde a palavra mais simples até um sinal de trânsito, o recurso sonoro ou visual de mensagem publicitária, um aroma ou sabor que nos provoca uma lembrança. Pelo exposto, podemos deduzir uma idéia mais precisa de Semiótica: é a ciência que estuda o fenômeno da significação. Ou ainda, ciência que investiga os mecanismos mentais que conduzem ao entendimento. Ora, esse simples fenômeno, de uma coisa significar e um sujeito entender, é chamado de semiose.

OBJETO DA SEMIÓTICA

Como foi dito acima, a semiose é o objeto de estudo da Semiótica e a Semiótica, por sua vez, é a ciência que estuda a semiose. Ainda mais remota que o vocábulo semitiké (semiotiké), semeion (semeion), equivalente a sintoma, como na medicina, um sinal indicativo de uma outra coisa, no caso a doença. Em Semiótica e Filosofia da linguagem, o pesquisador e escritor italiano Umberto Eco enumera os diferentes tipos de signos e a forma como funcionam, nos processos de entendimento – na semiose. O autor desenvolve exaustivamente as diferenças entre esses “sintomas”, relativamente a seus diferentes níveis de objetividade, em conecção ao objeto a que se referem. Solicita um raciocínio mais ou menos complexo, a fim de se alcançar o entendimento ou significado deste ou daquele signo. Assim, a palavra falada e escrita, é um tipo de signo mais objetivo, direto na expressão de sua mensagem se comparado a uma sinfonia, por exemplo. No entanto, uma sinfonia, uma placa que diz “É proibido fumar”, uma nódoa de sangue em uma camisa, a figura estilizada de uma mulher na porta de um banheiro, uma tosse, um espirro, uma dor de cabeça, todas essas realidades são signos ou combinações de signos passíveis de entendimento e mais, passíveis de diferentes entendimentos, em função da circunstância na qual se dá sua ocorrência.

SEMIÓTICA NO COTIDIANO

Se você se levanta pela manhã e encontra sobre a mesa singelo bilhete dizendo: “Querido, fui à padaria e volto já…” você entende logo que sua mulher foi à padaria e ainda subentende que ela foi comprar pão ou leite ou qualquer acepipe para o desjejum! Considerando ainda que a padaria é na esquina, ela deverá voltar em cerca de 15 minutos. Esse seu entendimento brilhante e imediato é o ocorrer flagrante da semiose. A Semiótica é um fenômeno cotidiano, e de tão cotidiano, quase ninguém presta atenção no que há de fantástico nele; e o que há de fantástico na Semiótica é o mesmo que há de fantástico em ser humano: ser mais que um animal, a fuçar inconscientemente nas esquinas da natureza. Toda a majestade do nosso conhecimento cumulativo, evolutivo, progressivo, está baseada nessa capacidade primeira, em nós, humanos, mais desenvolvida do que em qualquer outro ser sobre a Terra: instituir signos, reconhecê-los, compartilhá-los e estabelecer relações entre eles, deles extrair significados e, em última instância, conhecimento.

Bem… mas a batalha só está começando. Terei pela frente mais quatro anos de estudos. Provavelmente algumas viagens nacionais e internacionais, buscando aprimoramento. Espero em DEUS, poder chegar até o fim e que esses meus quatro anos possam, ao final, serem coroados de glórias. Mas… o mais importante, é que ao final eu possa fazer um bom uso dessa pesquisa. Pelo que puderam perceber, a Semiótica pode ser muito útil, se bem utilizada.

Estava com saudades das minhas piadinhas. E vocês?

Vamos a uma delas.

Soldado Maluco

Um general, responsável por uma das divisões norte-americanas na guerra contra o Iraque, reparou que um dos soldados tinha um comportamento estranho.

Durante o treinamento, o recruta pegava qualquer pedaço de papel que via no chão, lia e dizia:

– Não, não é isso… – e jogava fora.

O hábito continuou por algum tempo. E foi ficando mais preocupante quando, já em território árabe, o jovem encarava fixamente a areia do deserto até achar qualquer papel.

Ele o pegava, lia o conteúdo e dizia:

– Não! Não é isso!

Finalmente, antes que o jovem pudesse prejudicar a tropa, o general conseguiu que ele passasse por um teste mental.

No consultório do psiquiatra, o comportamento foi o mesmo: o jovem mexeu em todos os papéis que estavam na mesa do médico. Pegava uma folha, depois outra, sempre exclamando, em alto e bom som:

– Não é isso! Não é isso!

O psicólogo concluiu que o recruta estava desequilibrado e escreveu uma notificação, pedindo que o rapaz fosse dispensado do Exército. O soldado pegou a nota, sorriu e disse:

– Ah!… É isso!

Estamos nos aproximando das festas de fim de ano. Você desejaria mandar uma mensagem, através desta coluna?

Desejando, envie-a: celp@terra.com.br

"A possibilidade de sucesso para um otimista é a mesma da do fracasso para o pessimista".

Até a próxima semana.

Profª Teresinha Bellote Chaman

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