O presidente Lula é aplaudido…pelos banqueiros. Os lucros dessas empresas são brutais, aliás, contrastando com os trabalhadores que ficam numa fila em busca de emprego ou de centenas na fila odiosa e também brutal do INSS. Só um exemplo para não estressar, afinal todos conhecemos os problemas de solução difícil. Entra presidente e sai presidente, todos se pautam pela cartilha do FMI. Os filhos e netinhos desta geração estão nascendo com uma dívida que, em sendo impagável, já mereceu até palavras do Papa João Paulo para que os países desenvolvidos perdoassem os pobres, entre os quais, o nosso Brasil. Temos que economizar, investir menos em educação, violentar a natureza e deixar crianças morrerem de fome porque o dinheiro do serviço da dívida é sagrado. O Brasil recebe palavras de estímulo do F.M.I. porque paga direitinho, a custa de um desenvolvimento pífio e extremamente desconfortável aos que procuram se inserir no mercado de trabalho e, assim, ganhar a dignidade.
Enquanto isso, a Argentina em frangalhos, devendo até as cuecas presidenciais, recebe reprimendas do mesmo Fundo Monetário Internacional.
Essa Argentina consegue crescer mais que o Brasil e diminui brutalmente sua dívida. Os ricos ficaram chateados, e daí?
O presidente Lula, nossos senadores e deputados federais precisam aprender a ousar, ter coragem de modificar a linha de atuação. Que adianta fazer a lição de casa se o rico fica mais rico e o pobre fica miserável?
A Argentina dá uma lição que, para nós brasileiros, é um desafio: até quando vamos pagar uma dívida cujo montante é discutível e o principal, deve ser investigado, deve ter sido pago pelo menos umas duas vezes?
Se não zerar, vamos continuar a mendigar e entregar este país aos investidores históricos. Ao preço de muito suor e sangue.
