O vereador Carlos Nascimento, pela tribuna da Câmara, tece críticas aos valores cobrados nas inscrições para concursos públicos. Ele defende a isenção de taxa para as pessoas que estão desempregadas.
“No ano passado, foi elaborado um projeto de lei que daria gratuidade às pessoas que estivessem desempregadas e fossem prestar concurso público, mas infelizmente o projeto foi considerado inconstitucional”, lembrou.
Nascimento informou que em outras cidades projetos como esse vigoram com sucesso, beneficiando a população que se encontra desempregada. Ele aproveitou o momento para propor a formação de uma comissão fiscalizadora dos concursos públicos.
“A Casa tem que assumir o compromisso de fiscalizar os concursos públicos. Além disso, precisamos trabalhar para garantir a gratuidade na inscrição aos concursos públicos das pessoas que realmente estiverem desempregadas”, reforçou.
Informou também que o concurso público aberto recentemente pela Prefeitura recebeu 14 mil candidatos. “Como a inscrição variou de R$ 15 a R$ 35, podemos fazer uma média mínima de R$ 25, ou seja, com isso estima-se que a empresa organizadora arrecadou cerca de R$ 350 mil”, ressaltou.
Bons negócios
O vereador Carlos Manço concorda com as colocações do Carlos Alberto Nascimento. “Efetivamente são poucas vagas para muitos inscritos. Apenas 140 vagas para 14 mil inscritos, criando-se uma grande expectativa e poucos terão o privilégio de conseguir um emprego. Tem família que vende o relógio e chega a pegar dinheiro emprestado para prestar o concurso. Concordo que a isenção da taxa aos desempregados facilitaria a vida dessas pessoas, mas, se for tachada de inconstitucional posso defender a isenção geral e irrestrita. Afinal, o concurso não pode ser uma mina para poucos escolhidos”, disse.
Fiscalização
O vereador Valderico Jóe reforçou que os parlamentares precisam fiscalizar os concursos públicos.
E, certamente, a comunidade torce pela isenção geral.