O que é esperado para cada idade?
Dra. Talita P. de Mello Delfino (*)
1º ao 2º mês
A criança faz sons primitivos ou pequenos ruídos.
3º ao 6º mês
Repete sons, os modificando e modulando. Produz murmúrios e combinações. Faz ruídos para as pessoas (vocalização social).
7º ao 11º mês
Imita sons e fala sílabas repetidamente. Combina vogais e consoantes com entonação. Atende quando chamada pelo nome.
1 a 2 anos
Tem interesse pelo significado das palavras, e repete aquelas que aprende. Obedece ordens, compreende e usa certas frases, aponta algumas partes do corpo. Sabe usar o eu, você, meu. Vocabulário em média de 10 a 50 palavras.
2 a 3 anos
Constrói frases de 3 a 5 palavras. Diz seu nome e idade. Conhece de 200 a 300 palavras, podendo ter todos os tipos de trocas de letras. Início da fase do Por que? e Quando?.
3 a 4 anos
Quer saber como e por quê. Compara o maior e o menor. Conhece cores, e conta até, no mínimo, 4.
Constrói frases de 5 a 8 palavras. Vocabulário de 400 a 600 palavras, com algumas trocas de letras. Conta fatos e histórias, sem coerência e omitindo elementos menos importantes.
4 a 5 anos
Vocabulário de 600 a 1.500 palavras, com poucas trocas de letras. Faz uso correto de pronomes, artigos e dos principais tempos verbais. Apresenta coerência entre as frases.
5 a 6 anos
Frases com mais de 9 elementos. Vocabulário acima de 10.000 palavras. Faz uso correto dos verbos, confunde grupo consonantal, e omite partes de palavras com mais de 5 sílabas.
7 anos
A criança se corrige quando percebe que não é compreendida. Inicia a adaptação da sua linguagem às diferentes situações e pessoas. Compreende e explica o significado de piadas e gírias.
Necessidades
Explicações; ensino; participação das brincadeiras; que contem histórias; respostas às suas perguntas; ser observada, levada em conta; que a façam participar da atividade familiar; que dêem explicações sobre ela mesma; estabelecerr limites úteis.
Consulte um Fonoaudiólogo…
– Caso a criança apresente um desenvolvimento de linguagem aquém do esperado para a sua idade, pois, poderá estar com um ATRASO DE LINGUAGEM.
– Se a criança ainda não produzir palavras até a idade de 2 anos, ou ainda não formar frases até a idade de 3 anos.
– Quando a criança apresentar dificuldades de formar frases completas, se expressar com clareza, de formular uma idéia ou no uso do vocabulário.
– Na suspeita de atraso, é necessário que se considere a possibilidade da presença de outros distúrbios.
Reabilitação Fonoaudiológica
A avaliação e reabilitação dos problemas descritos devem ser aplicadas por Profissional Capacitado e com Experiência nesta área de atuação fonoaudiológica!!!
Outros Distúrbios
Aprendizagem: Distúrbio específico do processo de fala, linguagem, comportamento, leitura, escrita e matemática.
Leitura e Escrita (DLE): Refere-se aos indivíduos que apresentam somente o nível de leitura e escrita abaixo do esperado para sua idade e experiência escolar.
Disfluencia Normal da Fala: Comum e esperado por volta dos 3 aos 4 anos e meio de idade, quando a criança está desenvolvendo a linguagem, adquirindo vocabulário novo. É inconsciente na criança.
Gagueira: É uma alteração freqüente do ritmo da fala, ou seja, uma parada brusca (bloqueio), prolongamentos, repetição de sílabas, palavras ou frases. Pode estar associada a alterações respiratórias, musculares, neurológicas e/ou emocionais.
Deficiência Auditiva (DA): Qualquer alteração no ouvido pode provocar uma diminuição na capacidade de ouvir, em graus variados. Esta alteração pode ser congênita, ou seja, quando a criança nasce com ela (por hereditariedade, uso de medicamentos e/ou infecções durante a gestação), ou adquirida por infecção de ouvido, doenças, por uso de medicamentos que afetam a audição.
Disfonia: Alteração da voz, no que se refere ao tom (grave e agudo), intensidade (forte ou fraca), velocidade e qualidade (rouca).
Distúrbio Articulatório: Alterações dos sons da fala podendo ocorrer omissões, acréscimos, substituições ou distorções.
Desordem do Processamento Auditivo Central (DPAC): Habilidade prejudicada para prestar atenção, discriminar, reconhecer, compreender informações apresentadas auditivamente, quando o indivíduo tem inteligência e audição normal.
Fiquem Atentos!
Quando a criança apresentar dificuldades restritas a leitura e escrita, em nível superior ao restante da sala. Pode ser indicativo de DLE.
Quando a criança apresentar constantes bloqueios, interjeições, repetições de sílabas e/ou sons na fala e timidez excessiva, buscando evitar situações de fala. Pode ser indicativo de gagueira.
Quando a criança solicitar repetições freqüentes e aumento da intensidade da fala do outro, quando as demais crianças compreendem perfeitamente a mesma fala em igual distância e/ou intensidade, quando permanecer atenta ao rosto do outro durante uma conversa, ou ainda, quando apresentar irritações e agitações não comuns e freqüentes resfriados e infecções de ouvido. Pode ser indicativo de D.A.
Quando a criança apresentar episódios de rouquidão que durem mais do que 15 dias; se sua voz tem características “fanhas” ou “abafadas”; se grita o tempo todo, junto com os outros ou não dá chance para outros alunos falarem; se suas veias saltam no pescoço quando fala; se fica sem ar no final de uma frase; se freqüentemente reclama de dor na garganta ou tem hábito de pigarrear e tossir. Pode ser indicativo de disfonia.
Quando a criança apresentar omissões, acréscimos ou substituições de “letras” não comuns as outras crianças de mesma idade. Pode ser indicativo de distúrbio articulatório.
Quando a criança facilmente se distrair, apresenta dificuldades em seguir instruções dadas oralmente, ou dificuldades de ouvir em ruído. Pode ser indicativo de DPAC.
Quando a criança apresentar grandes dificuldades em raciocínio, em entender regras de jogos, em resolução de problemas, e/ou aprendizagem em geral. Pode ser indicativo de distúrbio de aprendizagem.
A Dra. Talita trabalha, além do consultório, também com bebês, pacientes neurológicos, com seqüelas de Alzheimer, com traumatismo craniano, crianças prematuras que não sabem sugar, engolir, problemas de gagueira, que trocam palavras, que apresentam problemas relacionados com tratamentos ortodônticos.
(*) É fonoaudióloga. CRFa. 11.022. Graduação: USP-Bauru. Mestrado: PUC-SP. Ganhou o prêmio Consagração Pública e Top Of Mind.
Consultório: Av. Feijó, 686. Centro. (entre ruas 04 e 05).
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