Os comentários se avolumam pela cidade, focando-se a administração pública. Temas não faltam aos que pensam conhecer, mais de perto, a maneira de agir da prefeita Neusa Barata Dotoli. Ela, ao que parece, primeiramente administra o fato emocional de ter sido indicada pelo marido Octávio Dotoli (razão de sua vitória contra candidato apoiado pela então prefeita Cleide Berti e outros adversários também com boa acolhida popular). A decisão de se indicar Neusa se deveu à possibilidade de receber todos os votos prometidos ao marido que teve a sua candidatura cassada pela Justiça Eleitoral. Aliás, o tempo passa e o ex-prefeito Octávio Dotoli e atual diretor de gabinete não procura limpar o seu nome enquanto os processos tramitam, com probabilidade de sentença condenatória. (É incrível, por exemplo, a ocorrência de que assinou cheques em nome do município e que foram depositados em sua conta corrente). Mas, deixando os processos à margem, o que leva a prefeita Neusa a dividir os louros da vitória? A simples constatação de que, quando candidata a vereadora, obteve um pouco mais de uma centena de votos. Por isso, não se tem a menor dúvida de que a sua vitória para assumir o Executivo foi alavancada pelo marido e seu grupo de companheiros, inclusive com um dedicado trabalho de marketing político. Só que aí reside um suposto problemão.
Cargo em
comissão
Fontes bem informadas entendem que a sra. Neusa, ao tentar barrar a influência de seu marido, coloca na corda-bamba os amigos do Octávio Dotoli que foram contratados, em cargo de comissão. Sem nomes, para evitar mais constrangimentos, uma análise fria leva à veracidade desse raciocínio. Alguns saíram e outros deixarão o serviço, sendo salutar considerar os comentários, alguns desairosos.
Vereadores
antenados
Algumas informações são notórias, outras são colocadas no condicional exatamente para merecer a fiscalização de quem de direito. O vereador Augusto Santana Rios, com a última edição do JA, ocupou a tribuna da CM para afirmar que os munícipes deveriam procurar os legisladores, com nome, endereço e R.G. para formular suas queixas e denúncias. “Embora o jornal tenha direito a publicá-las”, ressalva. E como ficou assentado, o jornal publica para motivar a ação fiscalizatória.
Da mesma tribuna democrática, melhor se houve o vereador Donizete ao afirmar que pouco importa como é feita a denúncia: “é certo que cabe ao vereador a fiscalização e é isso que estamos fazendo nesta noite ao apresentar vários requerimentos pedindo esclarecimentos da prefeita Neusa”, disse.
Contrato
esportivo
O vereador Sebastião Donizete Rorato apresentou requerimento, aprovado pela unanimidade da Casa de Leis, questionando o contrato assinado pela municipalidade e o Clube São Caetano.
Frota gasta
muita verba
Donizete também está requerendo, com aprovação dos demais companheiros, a cópia das notas fiscais com os serviços de manutenção da frota municipal.
O vereador elaborou o requerimento em decorrência de alguns comentários sobre o aumento brusco dos gastos.
Hospital na
ilegalidade
Outra matéria de grande importância foi apresentada pelo vereador Laudionor Elias Geraldo envolvendo o elevado interesse da população. O presidente Lia requer da prefeita Neusa, com apoio total do plenário, que sejam enviados os valores pagos à Cooperativa de Médicos, mensalmente, por conta de contrato assinado entre as partes. A informação propalada nos bastidores político-administrativos (veiculada nas últimas edições), refere-se a uma eventual ilegalidade do ato jurídico que pode trazer sérios aborrecimento.
Gastos em
editais
O vereador Lia, ainda com a aprovação unânime da Câmara Municipal, para efeito de fiscalização como determina a Constituição Federal, requer da prefeita Neusa Maria Barata Dotoli o envio de relatório sobre os gastos feitos em jornais de Araraquara e Américo Brasiliense para publicação de editais, leis e outras matérias oficiais dos anos de 2003, 2004 e 2005.