“Clipping” – o que é isso?

Diorindo Lopes Júnior (*)

Quando surgiu a Internet, muita gente garantiu que os jornais, revistas e livros seriam extintos, dado à velocidade do “invento”. Nada disso aconteceu, e nem vai. Do mesmo modo que a televisão não acabou com o cinema.

Ao contrário: jornais e revistas fortaleceram seu conteúdo e ampliaram suas vendas em bancas. Sobre os livros, editoras e livrarias faturam mais e mais vendendo justamente… pela Internet!

O que penso que ainda falta aos jornais e revistas é uma maior mobilidade de exposição de seu produto editorial. Não basta ter uma página na Internet, têm é de estar “clippados”, e explico.

“Clipping” (de onde vem “clipado”, bem abrasileirado) significa recorte, de jornal, por exemplo. Milhares de empresários valem-se deste expediente para fazer sua leitura diária. Tempo é dinheiro e informação vale ouro.

Como não pode perder com um e necessita do outro, empresários montam equipes para “ler jornal” ou contrata alguma empresa que lhe faça isso – sai mais barato.

No eixo Rio-São Paulo existem várias. Que, a partir dos assuntos determinados pelo cliente, selecionam, recortam, xerocam e põem o resultado em sua mesa assim que ele chega para ganhar dinheiro. Inclusive, já há empresas que enviam o resultado de seu trabalho via e-mail.

Simplificando: uma notícia publicada num jornal do interior do Pará pode interessar a um empresário carioca. Negócio é negócio, não mede distâncias. E, quando falo em negócios, falo também em publicidade, a sustentação de qualquer veículo.

Sugiro aos proprietários de jornais e revistas que naveguem na Internet, selecionem quatro ou cinco empresas de “clippagem” e enviem pelo correio toda uma nova edição de seu veículo. Testem por uns cinco ou seis meses, verifiquem se o investimento no serviço postal valeu ou não a pena.

As metrópoles são mais ricas, mas o interior do país é muito mais – só que ainda é desconhecido. Se uma única empresa decidir investir em um só município, a região toda vai ganhar com isso.

O recado vale também para pessoas/empresas de regiões mais distantes do

eixo geográfico que mencionei. Vai haver mais integração nacional, logo, mais negócios. Isto eu aposto.

Afinal, a propaganda é ou não a alma do negócio?

(*) É jornalista e autor de O Sol em Capricórnio

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