Objetivos. Um dos mecanismos que aprofunda a repressão da consciência intrafísica é a busca por objetivos medíocres quanto à evolução tais como: prestígio, poder, fama, sucesso e dinheiro. Esse tipo de interesse é retroalimentado pelos estímulos das lavagens cerebrais subconscientes, baseadas em interesses multibilionários: fantasias, ilusões, vaidades, seduções, eufemismos, inculcações, vícios e convencimentos. Esses objetivos, impostos de fora sobre a consciência, só trazem desgastes e distanciamento da personalidade quanto a si mesma, ou quanto a sua natureza multidimensional, na vida humana.
Escolha. Ainda hoje, com toda informação disponível, há quem se perca na escolha de prioridades e se afogue com tantos estímulos. É útil questionar a si mesmo(a) quanto ao percentual de lixo mental que se permite absorver diariamente, em confronto com o percentual de informações claramente úteis, selecionadas a partir do discernimento. Devido ao excesso de lixo mental surgem os vidiotas, bibliotas e radiotas – pessoas que vivem em debilidade mental alerta, apenas repetindo, sem pensar, o que ouvem, vêem ou lêem, sem o menor senso crítico.
Controle. Com isso, vive-se em constante contradição. Aceita-se o que diz a opinião pública, à distância, mas não se admite viver em harmonia com os semelhantes próximos. O controle passa a ser remoto, ou externo. Ao perceber a manipulação, coloca-se a responsabilidade no outro, no agente externo, em uma entidade qualquer, sem assumir, em primeiro lugar, que a escolha das fontes de informação nas quais se baseia para pensar foi pessoal, com menor ou maior grau de lucidez.
Valores. Ao alcançar as metas tão desejadas, descobre que não era exatamente aquilo que pretendia. Percebe que viveu por valores vindos de fora, impostos pelos grupos de convívio desde o nascimento. Passa então à fase da frustração, decepção, angústia e falta de energia: a melancolia intrafísica. Com essa entrega de si mesmo(a) ao derrotismo, entra-se para o time de reservas à espera da melancolia extrafísica.
Mudança. Sempre há tempo para a mudança. Não há justificativa para quem prefere viver triste tendo ainda vários anos de vida à frente. Em um dia, muita coisa pode ser feita por uma pessoa realmente motivada e com o mínimo de organização.
Contraposição. Em contraposição a esta patologia social comum – a robotização existencial – que acontece com milhares de componentes da humanidade, vale o estudo e aplicação de conceitos como sanidade, autoconsciência, lucidez, interdependência, maturidade, cosmoética e discernimento.
Autocrítica. Vale ainda priorizar a autocrítica: Quais vêm sendo minhas prioridades? Qual meu interesse fundamental hoje? As prioridades que busco são minhas ou impostas por alguém?
Daniel Muniz é jornalista e professor de Conscienciologia.
Mais informações: (iipc.araraquara@gmail.com). www.iipc.org.br.