Carta de festejado crítico

O trabalho do artista plástico Ernesto Lia, mais uma vez, foi objeto de saudáveis críticas, apontadas pelo italiano, Antonio Malmo, de Nápoli.

Malmo é crítico especialista em arte moderna, pintor, correspondente da Nacional Associação Histórica “Médio Volturno di Piedimonti Matese” de “Il Pungolo”, membro da Academia Tiberina de Roma, Membro da União da Legião de Ouro de Roma, membro da Academia Internacional “Il Perseo”, de Florença e ligado à O.N.U.

Antônio Malmo escreveu recentemente, uma carta ao artista brasileiro, de próprio punho, tecendo notáveis considerações, a qual segue traduzida:

“Estou verdadeiramente honrado em poder tecer algumas considerações sobre a personalidade e excelente qualidade das obras do artista brasileiro Ernesto Lia, intérprete máximo da delicadeza, da firmeza, da sensibilidade e do encanto feminino. Basta observarmos atentamente os magníficos retratos pintados, de atrizes e belíssimas mulheres do espetáculo, do mundo do cinema, teatro, televisão, famosas internacionalmente.

O artista transmite sobre a tela, a alma, a personalidade, a riqueza de expressão, de força ou de sentimento, que resgata do modelo, ao ser pintado, imortalizando a beleza e, sobretudo, o encanto que vislumbra, eternizando através do olhar do modelo, todo o seu interior, ainda que possa aparentar a mais indiferente condição, Ernesto Lia confirma a habilidade da figura humana, que é o seu forte.

Nós todos sabemos que, para executar um retrato, é necessário que exista uma grande preparação em psicologia, e Ernesto Lia demonstra e comprova ter amplos conhecimentos nesse campo, através da força do olhar de seus retratos faz com que consigamos compreender a beleza, a doçura da alma, a riqueza espiritual, os sonhos e até a tristeza dos modelos pintados.

Ernesto Lia é indubitavelmente um habilidoso nos traços e para ser mais preciso, a semelhança que ele capta do modelo é algo de verdadeiramente excepcional, quanto extraordinário.

Potente captador das luzes e cores, traduz, canta, fala e relata em suas telas, com um ritmo vital, a figura feminina, utilizando uma linguagem móvel, atravessando fronteiras, com habilidade de exteriorizar o âmago do modelo, no diálogo em que se estabelece o ato de criar através do espessor cromático e com total transparência, apresenta uma página aberta sobre a condição psicológica, que dá vida ao momento criativo de sua inspiração, expressando as sensações, as emoções descobertas na natureza e na paisagem que o circunda. Em efeito, a paisagem também é uma das principais fontes de suas inspirações, pelas quais o artista traz uma sólida base, identificando-se com uma vivacidade alegre e firme das características do impressionismo.

A sua pincelada é breve, com efeitos, como se estivesse agradecendo a uma criatividade íntima, satisfazendo sua serenidade artística com precisão absoluta, entrelaçando as paisagens com intensidade, participando de suas emoções e seguindo cada evolução cromática instintivamente.

Afirmo que Ernesto Lia tem qualidades pictóricas inatas, seus recursos técnicos são de grande habilidade, verdadeiramente excepcionais, quanto criativos. O gosto, o amor pela vida em todas suas facetas evidenciam-se em cada composição, tornando-se um regozijo de luzes, cores e emoções, construídas para responder, sobretudo, a uma íntima exigência de poesia, muito antes até que as necessidades de enunciações estilísticas.

Cada obra de Ernesto Lia, se move em um cenário onde luzes e sombras interpermutam, criando paisagens estupendas, com tonalidades quentes e pastosas, luminosas e filtradas por sua extrema sensibilidade artística, onde, efetivamente é a cor que domina o caráter de suas obras, a distribuição das partículas cromáticas, que se colocam num fluxo de emoções e acabam por transformar em um novo ponto de saída de sua inspiração.

As paisagens, as casas, os campos, os prados parecem então de conseqüência infinita projeções e extensões de uma matéria que se revela densa, aos poucos, sobre a superfície, parecendo obedecer a uma musicalidade interior, sublime, divina, que leva o artista a sugerir, a criar atmosferas, mais que a descrevê-las, descobrindo o segredo e a beleza da natureza, jamais a desfigurando, como a meu ver e pesar:

O homem contemporâneo continua fazendo com suas mãos, muitas mudanças, ceifando as árvores de nossos espaços, infestando o ar e as águas de nossos mares, para construir gigantescos palácios de concreto .

As representações pictóricas do artista Ernesto Lia, sob minha análise, superam, sem dúvida, os limites estreitos de uma singela reprodução de belezas naturais e do ambiente, para colocar-se como interpretações livres de uma realidade que produz em seu espírito, um contínuo calafrio de felicidade e entrega à vida, cheia de poesia.

E podemos crer na sinceridade de sua expressiva linguagem, pintando em diferentes fases, a imagem de Jesus Cristo, celebrando entre outras situações, a crucificação sobre o Monte Gólgota, quando o criou com um estilo muito pessoal, envolvendo-o por uma luz particular, que os traços do rosto do Criador adquiriram maior esplendor e consistência artística; graças, sobretudo, à sua notável capacidade expressiva, aparece entre estupendos jogos de luzes e sombras, confirmando seu perfeito conhecimento de escala cromática, entre veladas transparências e delicados matizes, resultado de sua extensa experiência amadurecida no campo das Belas Artes.

Parece-me oportuno, sempre aperfeiçoar sua expressão em busca de melhor criar sobre a tela, a delicadeza de seu espírito, a autenticidade de suas emoções, diante do deslumbrante espetáculo da natureza.

Gostaria de poder relacionar suas belíssimas obras na totalidade, o que é praticamente impossível, então, citarei somente algumas:

Fruto Selvagem, Gabriela Cravo e Canela, Juca Mulato, Madame Yette Bhonda, Betty Grable, Carmen Prudente, General Eisenhower, Carmen Miranda, Landscape Railways, Alagados, Paradise, Habitat, Ecce Homo I e II que a meu ver representa o mais válido testemunho de suas inúmeras qualidades humanas e artísticas e L architête de L univers.

Refinado, amante do Belo, potente e delicado intérprete das cores e da sensibilidade feminina, Ernesto Lia é com justiça considerado como artista, o mais distante dos modismos e das correntes do passado e do presente. Autêntico, nunca se deixou seduzir pelo deslumbramento, pela notoriedade das mais importantes editoras de nível internacional, da pseudovanguarda, que não tem deixado atrás de si, mais que efêmeras marcas, assim como pseudo-artistas emergentes.

Ernesto Lia possui uma palheta muito luminosa e delicada, por esse motivo a harmonia de suas cores se irradia no brilho, na centelha das luzes, graças, sobretudo, à brandura do toque e ao absoluto conhecimento e domínio das técnicas pictóricas.

Tenho a certeza de que não serei desmentido quando afirmo que os consentimentos elogiosos obtidos pelo artista são amplamente merecidos, mas certamente convencido estou, também, do que ainda está por vir, para que sua arte, sem quebra de qualidade, espontânea, genuína, rica, com característica de poesia lírica pura, fadada está a permanecer viva através dos tempos, coroando Ernesto Lia como verdadeiro mestre de nossa geração.

AD MELIORA”.

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