Sérgio Ferraz (*)
Infelizmente os "araraquaranos" continuam destruindo e cortando as árvores de nossa cidade já considerada uma das mais arborizadas do Brasil. As pessoas querem sombra e ar puro, mas, que a árvore fique no vizinho e não derrube folhas e flores na minha calçada lavada com água tratada, todos os dias. Isso precisa ser transformado…
Fiquei muito triste ao ver duas árvores sendo queimadas no querido Grupo Escolar "Antônio Lourenço Corrêa" e por isso envio essa mensagem.
Pobre Araraquara, Pobre Brasil, Pobre Planeta Terra.
Minha Árvore
Isso eu bem me lembro:
No dia 21 de setembro,
Tinha nove anos, eu sei,
No ano cinquenta e um.
No pátio do grupo escolar,
Nós alunos começamos a cavar.
O céu era um manto azulado.
Nossa infância – um sonho dourado.
Naquele final de inverno,
Num abraço fraterno,
Pensamos com toda certeza
Em ajudar a natureza.
A plantinha ali colocada,
Pequenina, quase nada,
Naquele pequeno buraco
Da terra recebeu um abraço.
E assim, no curso do tempo,
Enfrentou chuvas e o vento;
Com ajuda da mãe terra
E como a natureza não erra,
Aquela plantinha mirrada
Cresceu forte e copada,
Dando sombra a quem passa.
Mostrando a sua beleza
Que enfeita a natureza.
Falo aqui no presente,
Pois ela está lá realmente.
Uma saudade me dá…
Quando eu passo por lá.
Uma vida que plantamos,
Uma vida que criamos.
Parece que ela até me agradece…
Parece que jamais me esquece…
Tudo são lembranças, enfim!
Quando olho para ela,
Parece que olha pra mim.
(*) Rua Bento de Barros, perto do grupo.