A imprensa pode tudo? Não. Assim, antes de outra eventual censura ou retomada de discutível diploma profissional ela, nem sempre doutora e menos dona da verdade, precisa de sensibilidade maior para agir com conteúdo forte. Boletim de ocorrência, queixa-crime, denúncias anônimas e outros instrumentos são de caráter unilateral, não tem a substância do contencioso e não deveriam encher espaço e enxovalhar a vida de ninguém e, muito menos, subtrair a fé de tanta gente que não aguenta violência.
A quem serve a notícia veiculada em jornais, rádio e tv sobre desconfiança em magistrados que teriam vendido sentença, investigação de policiais acusados de extorsão a traficantes, denúncia sobre material reutilizado na Santa Casa de Araraquara e cobrado da prefeitura como se fosse novo, além de outros fatos de conhecimento da maioria. Pois é, esse o nó central. De que adianta retornar ao assunto com "erramos" ou informar sobre sentença diferente e favorável ao agente espinafrado socialmente? Muito mal pode ser praticado em nome da rapidez em dar "um furo". Mas, não se justifica no contexto de trabalho responsável.
Jornalista pensa, sente, analisa e pensa de novo antes de agir, a fim de cumprir a sua missão. Sim, jornalista é luz confiável.
Isso tudo para pensarmos, pois, calar a boca por livre e espontânea vontade é ato de extrema inteligência (editor).