Agência Sebrae
A criação de um centro de inteligência do café em Brasília foi defendida na manhã desta quarta-feira (16), pelo secretário-adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais e ex-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Alberto Duque Portugal.
Em palestra no seminário “Café – Novos Desafios e Oportunidades”, o secretário afirmou que o governo mineiro está disposto a contribuir com R$ 250 mil para dar início à construção desse centro. Pela proposta, o centro de inteligência será uma fundação privada que irá dispor de um banco de dados e promover análises, estudos e projetos sobre o café. A expectativa inicial de Alberto Portugal é conseguir o apoio de entidades ligadas ao setor e dos governos do Espírito Santo, São Paulo e Bahia. A criação do empreendimento ainda será discutida em outros fóruns.
O secretário afirmou que as empresas têm organizado unidades de inteligência com o objetivo de orientar suas ações estratégicas, servir de incentivo às inovações tecnológicas e aprofundar o conhecimento sobre os clientes, fornecedores e órgãos reguladores. “É preciso ver a cadeia produtiva como um todo”, avaliou.
A realização do seminário, que começou na terça-feira (15), é uma promoção conjunta das comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara; e do Governo Federal. O evento ocorre no auditório do Palácio do Itamaraty, em Brasília.
A realização do evento faz parte da estratégia para ampliar a liderança mundial do Brasil na produção e comercialização de café. Hoje, o País produz 48 milhões de sacas de café e é o maior exportador mundial de café verde, com 30 milhões de sacas. Além disso, é o segundo maior consumidor mundial do produto, com 14 milhões de sacas, atrás apenas dos Estados Unidos.
O setor tem um peso significativo na economia brasileira: gera 8,4 milhões de empregos e reúne 300 mil produtores em uma área plantada de 2,7 milhões de hectares, distribuída em 1,9 mil municípios de 14 estados. Atuam no setor 49 cooperativas de produção, 1,5 mil indústrias de torrefação nove indústrias de solúvel, 220 exportadores e 3 mil marcas de café.