Bastidores

g. polezze

O Dimas mostra coerência e nega-se a receber grana na convocação extra da Casa

Finalmente, neste final de semana, a notícia que enche de orgulho os eleitores da região de Araraquara: o deputado federal Dimas Ramalho devolveu a primeira parcela de R4 12.500 e se recusa a receber a segunda que perfaria o total de R$ 25 mil.

A devolução e a recusa são a melhor e inquestionável resposta que interessa, não resta qualquer dúvida. Esse negócio de entregar às entidades assistenciais (como uma parte de deputados e senadores responde ao se sentir pressionada), entidades que podem ser até da própria família e podem nem existir, data vênia, é balela, serve para tapar o sol com a peneira. O caminho é não receber, simplesmente não colocar o dinheiro no bolso. Como, aliás, faz agora o deputado Dimas Ramalho. Isso se chama coerência, sensibilidade e respeito ao pensamento da maioria do povo que não aguenta mais “mordidas” de ninguém. Na esperança de que o mandato seja exercido com mais humildade e conhecimento democrático.

Marcelo Barbieri diz que recebe porque é seu direito botar o salário extra no bolso

Cada um faz o que quer e Marcelo tem a coragem, pela imprensa diária, de afirmar que é seu direito receber e pronto.

É verdade, trata-se de uma possibilidade legal, mas, dependendo da ótica, profundamente imoral porque no primeiro mês de convocação nem compareceram ao plenário brasiliense. E se os deputados tivessem feito o dever de casa, tivessem batalhado com maior seriedade obviamente não precisariam de convocaçÃo extra nenhuma. Onde vai se gastar cerca de 100 milhões de um povo sofrido, de alguns milhares de desempregados e quase todos sem educação de primeira, com péssima assistência à saúde e a mínima segurança para ir e vir. Por isso, qualquer privilégio é ofensivo. E dinheiro extra, para se somar aos 15 salários durante o ano, não pode ser entendido como moral, normal, correto e respeitoso. Muito ao contrário, cujos adjetivos são dispensáveis.

Dimas apóia diminuição do recesso e fim de “extras”

O deputado federal Dimas Ramalho participou, nesta semana, de reunião do colégio de líderes partidários com o presidente Aldo Rebelo para decidir a ordem de votação das matérias incluídas na pauta do plenário. Líder do PPS, Dimas defendeu prioridade para votar os projetos de redução do recesso parlamentar e o fim de pagamento extra no caso de convocações extraordinárias.

A primeira matéria, projeto de Emenda à Constituição 347/96, reduz o período do recesso parlamentar de 90 para 55 dias por ano. O projeto retorna para segunda discussão e votação nesta semana.

O segundo, projeto de Decreto Legislativo 2075 acaba com a remuneração de salários extras para os parlamentares durante convocações extraordinárias.

Número de deputados

Dimas também se posicionou contrário ao projeto de lei que prevê o aumento do número de deputados que passaria dos atuais 513, para 521 previstos no PLC (Projeto de Lei Complementar), de autoria do deputado Nicias Ribeiro. “Além de não apoiarmos o pedido de urgência para apreciação da matéria, vamos orientar a bancada a votar contra”, afirma coerentemente o deputado da região.

Ele considera que o projeto não tem relevância e que no momento o Congresso Nacional deve se dedicar a tarefas mais importantes durante a convocação, como por exemplo, a aprovação do Estatuto da Igualdade Social, Fundeb (Fundo para o Ensino Básico) e Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (MPEs).

“No caso do Fundeb, que trará melhorias para a Educação no Ensino Básico, é essencial aprovar o projeto, já que educação é o mais significativo investimento”, comentou o líder ao ressaltar que a matéria precisa ser aprovada antes do projeto de Lei Orçamentário para 2006.

“A Lei Geral para as Pequenas e Micro Empresas é algo que representará um estímulo à formalidade dos pequenos negócios, combate à pobreza pela geração de trabalho e o incremento da atividade produtiva”, finalizou.

Barbieri repudia tentativa de desmoralização do Congresso

“O deputado Marcelo Barbieri (PMDB-SP) fez hoje (17) um duro discurso contra o que chamou de uma campanha absolutamente absurda de tentativa de desmoralizar o Poder Legislativo deste País.

O parlamentar discursou no plenário, enquanto líderes partidários discutiam a inclusão para votação de dois projetos, o que diminui o recesso parlamentar de 90 para 45 dias e o que acaba com o pagamento extra pela convocação extraordinária.

Favorável a ambos os projetos, Barbieri ressaltou que são duas votações históricas para o País. Ele acredita, no entanto, que alguns setores políticos desvirtuaram o foco da discussão. A reflexão é a seguinte: a quem interessa desmoralizar o Parlamento brasileiro?

Ao defender o papel do Congresso no funcionamento da democracia, Barbieri lembrou que o Legislativo é a única instituição capaz de assegurar voz e respostas às demandas sociais. Neste Parlamento é onde pode-se discutir o salário mínimo, pode-se discutir mudanças na Legislação Trabalhista a favor do trabalhador, pode-se defender o crédito, pode-se combater o juro elevado.

Barbieri convocou os parlamentares a não apenas votar os projetos, mas a refletir sobre o papel do Congresso como defensor da nação. Essa campanha deletéria não é uma tentativa de desmoralizar o Parlamento, mas, sim, desmoralizar a possibilidade do povo brasileiro vir a ter os seus direitos preservados nesse País. Visa desmoralizar a possibilidade de alavancarmos o crescimento, o desenvolvimento e a justiça social nesse País. E essa Casa é a única que pode agüentar e mudar a realidade social do povo desse País. (Assessoria de Imprensa)

Massafera precisa estar acima de partidos para obter sucesso

Um agente político telefonou para a coluna para afirmar que o ex-prefeito e ex-secretário estadual de tecnologia, Eng. Roberto Massafera, terá que aceitar dobradinha da região que exige a presença de candidato também para deputado federal.

Ora, estamos sem deputado estadual por causa dessas atitudes partidárias que não conseguem sair do umbigo de meia dúzia que deseja ser a dona do mundo, a dona da verdade. Claro que é democrático o partido querer apresentar candidato a federal, mas, isso não interessa aos objetivos da região.

Outra coisa, Massafera ainda não disse que aceita ser candidato a deputado estadual devendo dar uma resposta depois do carnaval. Ele está certo e cabe aos que pensam na região de Araraquara (acima de siglas partidárias), botar a cabeça no lugar para que a história não lhes coloque no limbo: os inimigos do progresso e aproveitadores de situação política para ganhar notoriedade ou levar outro tipo de vantagem pessoal ao ficar próximo do poder. Quem pensa assim, presta um desserviço ao povo.

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