A Conviviologia é a especialidade da Conscienciologia que estuda a interação entre as consciências em qualquer dimensão e suas conseqüências cármicas e evolutivas. Segundo a educadora e consciencióloga Málu Balona, no livro ‘Autocura através da reconciliação’, página 23, “pela Conviviologia, no processo evolutivo importa fazer as “reurbanizações” nos relacionamentos. Somente com o entendimento e a reciclagem das marcas negativas deixadas pelas experiências emocionais passadas será possível superar carências e frustrações, ainda hoje presentes nos relacionamentos afetivos interpessoais”.
Neste contexto, o sociólogo e conscienciólogo Ernani Brito, afirma verificar uma necessidade comum de compreender, estabelecer e manter saudável a auto-estima, visando a qualidade dos relacionamentos. Para ele, “a auto-estima sadia é condição de quem já aprendeu a conviver bem consigo mesmo, sem crises paralisantes, com realismo e autocrítica; e, conseqüentemente, convive melhor com as pessoas a sua volta. É, sobretudo, fruto da racionalidade e da reflexão madura”.
Brito aproveita para propor alguns questionamentos: “você se considera uma pessoa com alta ou baixa auto-estima? Qual é sua reação diante do sucesso de alguém, sente-se feliz ou se sente fracassado? Quando alguém elogia o outro, isso lhe soa como uma crítica indireta? Você sofre alguma destas 4 carências: reconhecimento, gratidão, elogios ou aprovação?”
O sociólogo explica que a pessoa pode desenvolver a auto-estima a partir do discernimento e da maturidade em abrir mão, por exemplo, de: ter razão sempre; provar a verdade a alguém; ser compreendida por todos; sair vitoriosa em algum debate; obter vingança ou “fazer justiça”; competir com alguém na evolução; defender a autobiografia; conquistar a fama e a popularidade; ter reconhecimento explícito das suas realizações.
Concluindo, o pesquisador considera fundamental para manter a auto-estima sadia a necessidade de aprender a: dizer não; assumir seus erros, procurando corrigi-los; buscar dignamente a auto-suficiência financeira; empenhar-se com lealdade ante a competitividade inevitável na vida social; vivenciar a sexualidade sadia; escolher as próprias companhias; ser líder em certos contextos; reconhecer e empregar talentos; usar a agressividade positiva quando necessário.
(Daniel Muniz é jornalista e professor de Conscienciologia.
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