Pessoal e por telefone fomos questionados sobre uma eventual resposta ao radialista-âncora da Rádio Morada do Sol que, na quinta-feira (12), por volta das 9 horas, teria feito comentários desairosos às universidades de Araraquara e, durante o testemunhal de uma empresa de confecções teria afirmado que um determinado produto que custa 14 reais, nos shoppings com uma etiqueta diferente passa para 70 ou 80 reais. Houve manifestação contra o enfoque negativo ao comércio em geral (especialmente, às lojas de shopping) e às universidades.
Quanto à Uniara teria sido reverberada a compra do Estádio da AFE, com dinheiro do estudante que paga muito caro para, inclusive, manter um time de basquetebol. A Unip também teria ganho espaço para ser criticada quanto ao fato de ela estar vendendo diploma muito caro.
Enfim, comentário crítico que teria sido ofensivo, mas, plenamente garantido pela Constituição Federal: é o direito de opinar.
Como não existe censura prévia, cada um é responsável por suposto excesso e, nesse caso, poderá ser chamado a explicar suas assertivas.
Se houve excesso, cabe às associações que defendem o comércio (ou, individualmente, empresário que tenha se sentido prejudicado) e universidades qualquer ação para exigir explicação sobre o inteiro teor de tais comentários.
O problema maior e isso merece reflexão: não temos em Araraquara o direito ao contraditório, a condenação imediata e eletrônica tem mais efeito que a judicial. Não existe canal para contraponto, o fato não é visto por dois ângulos, por duas ou mais vertentes.
E seria pertinente perguntar, ao invés de responder eventuais críticas que teríam sido formuladas por outros profissionais: o que os empresários e instituições estão fazendo para que exista equilíbrio na informação?
Certamente, a história dará espaço generoso ao processo unitário de formação da opinião pública e muita omissão dos que poderíam garantir o direito à observação de fato sociais através de outros profissionais.