"As injustiças lanceiam não só as vítimas, mas também quem as fazem".
Bom dia. Estamos iniciando um novo ano. Salve 2007! Feliz Ano Novo a todos. Eu gostaria de aproveitar essa oportunidade e desejar uma porção de coisas boas a todos os apreciadores da coluna. Mas como? De que forma? Estou para afirmar que 2007 poderá ser pior do que 2006. Então vejamos. Após as eleições, em que os senhores deputados prometeram tantas coisas boas para o nosso povo, aprovam um salário de R$ 380,00 para os trabalhadores. Será que não vai fazer falta? Ao mesmo tempo, eles tentaram aprovar um aumento de 95% para seus próprios salários. Será que não é muito pouco? Afinal, eles trabalham tanto, que até mereceriam coisa melhor. Eles tentaram essa "traquinagem" e não conseguiram. Quantas outras mais eles vão tentar durante os próximos quatro anos? Eu quero acreditar que nosso estimado Roberto Massafera seja diferente. Sim, porque o deputado reeleito, Dimas Ramalho, agora é secretário municipal do governo da capital de São Paulo. Mas ele não foi eleito para tratar dos interesses de Araraquara e/ou Taquaritinga? Nós votamos nele para essa finalidade? Vai saber? Bem… de qualquer forma, que eles também tenham um feliz mandato novo, com olhos voltados àqueles que os elegeram.
No primeiro dia do ano, ouvir aquele discurso de nosso Presidente Lula! Ninguém merece… Como diz um trecho do editorial do Jornal O Estado de São Paulo de 05/01/07 – "A limitada liderança presidencial. Lula preenche pela metade os requisitos mínimos exigidos de um chefe de governo. Ele sabe o que não quer antes de saber o que quer. E, quando sabe onde quer chegar, não sabe ir até lá". Assistir à nossa primeira dama, Dona Marisa, com seu indefectível vestido amarelo! Aliás, o que faz mesmo nossa primeira dama?
Ainda tinha mais… Os governadores de Minas e de São Paulo já começam a lançar suas plataformas, com vistas às eleições de 2010. É pouco ou quer mais? Ou seja, aqueles que estão no poder, com certeza, terão um ano novo bem saudável, com muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender.
E nós, o povo? Bem… nós continuamos por aqui, com aquele carnê das compras de Natal que vamos pagar até julho ou agosto. Continuamos acreditando que haverá mais emprego, menos impostos, mais educação, mais cuidado com a saúde. E se der para de vez em quando reunir o pessoal, tomar umas cervejas e cair num pagode… que maravilha!
É isso aí… FELIZ ANO NOVO.
Mas, devemos continuar acreditando, principalmente quando vemos um político como o vereador Elias Chediek Neto, que tem coragem de vir a público fazer uma denúncia, que nos preocupa muito. Vejam o que ele diz:
"MAIS TRANSPARÊNCIA E MENOS TRIBUTOS".
Estamos vivendo tempos difíceis, onde os valores morais, a ética, a honestidade e a transparência estão sendo deixados de lado, em favor de interesses pessoais e imorais. A corrupção está instituída e já é encarada sem escrúpulo nenhum, como "coisa normal", corriqueira.
A falta de transparência no trato da coisa pública chegou a tal ponto, que se percebem claramente manobras para driblar as leis em vigor.
Os poderes constituídos estão deixando, em parte, de exercer dignamente o papel que lhes cabe, pois muitos de seus membros ou são coniventes com as irregularidades, ou se deixam corromper, traindo a população que deveriam estar defendendo.
Muitos se deixam levar pelo poder, se submetem vexatoriamente aos caprichos daqueles que promovem um verdadeiro mercado de trocas de interesses, de imoralidades, em detrimento do povo, que sofre dia-a-dia, diante de medidas tomadas às pressas, sem a tal falada transparência e participação popular, e "impostas" de cima para baixo.
Grande parte da população não tem tempo para se inteirar dos acontecimentos da cidade. Assim, vão vivendo na ilusão, propagada pelo executivo, como se nossa cidade fosse a "maior maravilha do mundo".
Quase dois séculos levamos, construindo uma cidade arborizada, com qualidade de vida invejável, edificada por governantes competentes, a despeito de falhas pessoais que não comprometeram a saúde da cidade e da população. No entanto, nos deparamos, agora, com uma cidade suja, esburacada, repleta de matos por todos os lados (principalmente nos terrenos públicos) e com graves problemas de atendimento à saúde.
Como anda triste e desmotivado o servidor público municipal, esse que tem sido preterido, apesar de toda competência e experiência, a pessoas alheias ao trato da coisa pública.
A saúde financeira do município atingiu um endividamento que coloca em risco nosso futuro. Até setembro de 2006, o balanço financeiro da Prefeitura mostrava a existência de mais de R$ 30.000.000,00 (trinta milhões) de "restos a pagar", o que acaba refletindo na qualidade do serviço prestado à população.
Diante de tudo isso é importante a participação das pessoas na discussão dos problemas da cidade e na fiscalização dos poderes constituídos. Não podemos admitir que a população pague a conta do descontrole administrativo.
Quanto mais nos omitirmos dos debates sobre assuntos importantes da cidade, mais dificuldades teremos. Que possamos, em 2007, encontrar pessoas dispostas a participar efetivamente das discussões e dos rumos que devem tomar a nossa querida Araraquara! ACREDITE MAIS EM VOCÊ!
Muito bem Sr. Chediek, com o poder que lhe foi concedido, tome a frente dessa batalha. Tenho certeza que muitos serão aqueles que irão levantar essa bandeira. Como poderemos fazer? Qual a sua sugestão? De verdade, as coisas não podem continuar dessa maneira. Esse governo que aí está vai acabar com nossa querida e amada Morada do Sol. Até o meu simpático e admirável José Carlos Magdalena, parece não estar acreditando tanto. A fonte secou. Por esse motivo ganhamos, já no início desse ano, mais uma taxa (taxa do lixo, se não me engano). Quantas taxas a mais ganharemos até dezembro de 2007?
"Cada fracasso ensina ao homem algo que ele precisa aprender".
Até a próxima semana – celp@terra.com.br
Profª Teresinha Bellote Chaman