Araraquara falha com ciclistas

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Foto: Internet - Foto de ciclofaixa, exemplo do que não temos em Araraquara

Da Redação

Araraquara não dá atenção aos ciclistas. É um problema que se arrasta, mesmo mudando administração. Não existe ciclofaixa na cidade. O risco ao ciclista é evidente. Por que não estimular este meio de transporte?

O atual governo municipal, como os anteriores, não mostra cuidados necessários com os ciclistas. Chama mais atenção no caso de administração de prefeito filiado ao PT, pois bons exemplos de mobilidade urbana foram dados com eficiência na Capital do Estado, exatamente, no governo de Fernando Haddad, do PT. E isso já faz anos. Por que Araraquara ainda não investiu em área tão importante à população?

Bom pontuar que não se usa bicicleta apenas para lazer, mas para trabalho, também. E poderia haver estímulo para que se usasse mais, afinal: é transporte limpo (sem poluente), saudável, individual (sem exposição a outras pessoas, o que é desejável, como vemos na pandemia) e “barato” (ao menos, não sujeito ao “preço de ouro” dos combustíveis fósseis).

Fizemos uma enquete em nossa rede social a respeito. E ouvimos algumas reclamações. A primeira: obviamente, ausência de ciclofaixas. Mas, igualmente, o desrespeito por parte dos motoristas. Ocorre que isso também tem ligação com a ausência de ciclofaixa: houvesse ciclofaixa, seria mais natural que o próprio motorista respeitasse os ciclistas (os espaços de cada um estariam bem demarcados). De qualquer modo, em paralelo com ciclofaixas, a cidade deveria promover uma bela campanha de respeito e cuidado com os ciclistas. Isso é certo.

Conclusão dos nossos seguidores/leitores: mais do que cuidar de quem já usa, outras pessoas deveriam ser estimuladas a aderir a este meio de transporte.
A vizinha Américo Brasiliense já se organiza no investimento em ciclovia. Araraquara está bem atrasada.

Cidades acima de 20 mil habitantes devem apresentar plano de mobilidade urbana, inclusive, com previsão de ciclovias e ciclofaixas. É o que a Lei (Federal) nº 12.587/2012 prevê. Perguntada pelo JA, a Prefeitura informa ter firmado convênio com a Ufscar para tal fim, em 2019, mas houve atraso em virtude da pandemia. Diz que a expectativa do Município é que as primeiras ciclovias estejam implantadas até julho próximo.

Perfeito. Os ciclistas aguardam ansiosamente. Mas fica o questionamento: por que nem o governo petista de Araraquara não segue as boas experiências de colegas do mesmo partido? Por que teve que esperar a imposição legal para tomar uma atitude?

Já arriscamos a resposta: porque o ciclista – e não, isso não é culpa de uma única administração municipal, sejamos justos -, normalmente, não é visto. É o que se nota da atração gerada nas pessoas pelo uso tradicional de veículo motorizado no país. Bem diferente é o que se vê – ciclofaixas e ciclovias em abundância – em tantos outros países (também, na América do Sul) e outras cidades aqui mesmo no Brasil. Na verdade, o uso da bicicleta é uma grande quebra de paradigma (pois coloca de lado a máquina poluente, cara e ligada a enormes grupos econômicos) e, nesse quesito, Araraquara fica devendo.

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